Na ávida busca pelo emagrecimento, é cada vez mais comum a busca por medicações nesse processo. Por isso, é fundamental entender todo o contexto envolvido e os potenciais benefícios e riscos das drogas utilizadas.
O Topiramato foi criado originalmente como um anticonvulsivante que atua, principalmente, potencializado a atividade do GABA (um neurotransmissor que inibe a atividade dos neurônios, diminuindo sua excitabilidade). Pode ser indicado em casos de epilepsia, dependência química, transtorno borderline, fibromialgia, cefaleias e como adjuvante no tratamento de obesidade e transtornos de compulsão alimentar (TCAs, muito presentes em casos de sobrepeso e obesidade).
No emagrecimento, ele pode ser especialmente útil em indivíduos com sobrepeso ou obesidade com algum de grau de TCA (episódio de alimentação desenfreada, que gera danos psicológicos consideráveis) associado ou não a algum transtorno de humor, como depressão e ansiedade. Ele é frequentemente associado com outras medicações, como fluoxetina, sibutramina, bupropiona e, nos EUA, com a fentermina.
Como efeitos colaterais, podem ocorrer dores de cabeça, alterações cognitivas, sonolência, sintomas gastro-intestinais e episódios de cálculos renais (aqui deve-se triar o risco do paciente e tomar medidas preventivas). Não é uma medicação que cause dependência, mas sua retirada nunca deve ser feita de forma abrupta.
É fundamental que o indivíduo NUNCA se apoie no tratamento medicamentoso para o emagrecimento, afinal, a base para a perda de peso sustentável e longevidade saudável é a mudança COMPORTAMENTAL e de hábitos de vida.
O tratamento multidisciplinar é essencial. Isso inclui procurar um bom profissional de educação física para periodizar e programar seus treinos, um bom nutricionista que elabore plano alimentar adequado à sua rotina, e também a psicoterapia pode ser de grande valia. E, claro, procure um médico antes de fazer uso de qualquer medicação nesse contexto.
Texto com @rodrigor.toledo – @padrinho_med