Muito falada por sua ação “termogênica” e promessa de queima de gordura, a ioimbina tem um mecanismo interessante — mas será que funciona? E, mais importante: é segura?

A ioimbina é um alcaloide extraído da casca da árvore africana Pausinystalia yohimbe, tradicionalmente usada como afrodisíaco e no tratamento de disfunção erétil.
Com o tempo, ela ganhou fama também como suplemento para emagrecimento e potencial ergogênico, especialmente em protocolos de queima de gordura localizada.
Mas será que a ciência apoia essas promessas? E quais são os riscos reais associados ao seu uso?
Como a ioimbina funciona no organismo?
A ioimbina atua como antagonista dos receptores alfa-2 adrenérgicos, que normalmente reduzem a liberação de noradrenalina.
Ao bloquear esses receptores:
- Aumenta os níveis de noradrenalina circulante;
- Estimula a lipólise (quebra de gordura) no tecido adiposo;
- Ativa enzimas como adenilato ciclase, AMPc e proteína quinase A, que desencadeiam uma cascata de reações para liberar ácidos graxos das células de gordura.
Em teoria, esse processo poderia aumentar a queima de gordura, especialmente em áreas com maior concentração de receptores alfa-2, como o abdômen inferior e quadris.
E na prática? O que dizem os estudos?
Apesar do mecanismo bioquímico ser convincente, as evidências clínicas são fracas:
- Um estudo com jogadores de futebol verificou redução de gordura 2,2% maior nos usuários de ioimbina em comparação ao placebo.
- Não houve melhora no desempenho esportivo.
- O estudo foi criticado por apresentar baixa amostragem e falta de controle rigoroso sobre dieta e treino.
Além disso, revisões sistemáticas e artigos desde os anos 1980 questionam a efetividade da ioimbina como agente de emagrecimento.
Efeitos colaterais e riscos da ioimbina
Os efeitos adversos da ioimbina são frequentes e potencialmente graves:
- Aumento de ansiedade e impulsividade;
- Taquicardia, hipertensão e tremores;
- Potencial para toxicidade e overdose;
- Casos documentados de morte por uso abusivo.
Seu uso pode agravar quadros psiquiátricos, principalmente em indivíduos predispostos à ansiedade ou transtornos do humor.
Conclusão: mais riscos do que benefícios
Apesar de um mecanismo fisiológico atrativo, a ioimbina não tem respaldo científico robusto para o emagrecimento nem para melhora da performance.
Aliada a isso, seu perfil de segurança é preocupante, com riscos cardiovasculares e neuropsiquiátricos relevantes.
✅ Se o seu objetivo é emagrecimento ou definição corporal, há estratégias mais seguras e comprovadas com treino, nutrição e, se necessário, acompanhamento médico.
Acesse https://staakmed.com.br/pv e descubra alternativas personalizadas e eficazes para alcançar seus objetivos com segurança.