70% das mortes no mundo têm uma causa em comum — e pode estar mais perto do que você imagina

As doenças cardiovasculares lideram o ranking das causas de morte global — e as mulheres estão entre as mais afetadas.
Um novo estudo investigou os principais fatores de risco e os hábitos de cuidado de mulheres atendidas na Atenção Primária à Saúde. Os dados revelam uma realidade urgente e pouco discutida.

O que são DCNTs e por que elas matam tanto?

As doenças crônicas não transmissíveis (DCNTs) são um conjunto de condições como diabetes, câncer, doenças respiratórias e, principalmente, as doenças cardiovasculares (DCVs) — responsáveis por 45% das mortes por DCNTs.Segundo a OMS, 70% das mortes no mundo (cerca de 40 milhões de pessoas por ano) são causadas por essas doenças.
Apesar de não serem transmissíveis, essas condições são altamente influenciadas por estilo de vida e fatores ambientais. E o mais preocupante: são silenciosas até que seja tarde demais.

O estudo: o que sabemos sobre os fatores de risco entre as mulheres?

Uma pesquisa recente conduzida no interior do Rio Grande do Sul buscou entender os fatores de risco cardiovascular entre mulheres atendidas pela Atenção Primária à Saúde (APS), bem como seus conhecimentos e práticas de cuidado em relação às doenças cardiovasculares.

Metodologia:

  • Tipo: estudo de métodos mistos (quantitativo + qualitativo)
  • Local: 24 unidades urbanas de APS no RS
  • Participantes:
    • 289 mulheres (20 a 79 anos, não gestantes) — etapa quantitativa
    • 30 mulheres — etapa qualitativa

As mulheres foram abordadas de forma aleatória enquanto aguardavam atendimento nas unidades de saúde.

Resultados: os fatores de risco mais comuns

A pesquisa identificou diversos fatores de risco modificáveis entre as participantes:

  • Sedentarismo
  • Estresse e depressão
  • Obesidade
  • Hipertensão arterial (HA)
  • Diabetes mellitus (DM)
  • Uso de anticoncepcional
  • Consumo de álcool
  • Tabagismo
  • Dislipidemia

Além disso, o estudo revelou que, embora algumas mulheres adotem práticas positivas, como:

  • Parar de fumar
  • Melhorar a alimentação
  • Interromper o uso do anticoncepcional

Outras enfrentam barreiras reais ao autocuidado, como:

  • Falta de tempo para se exercitar
  • Dificuldade para manter alimentação saudável
  • Baixa adesão ao tratamento da hipertensão

Esses comportamentos, somados à sobrecarga do cotidiano e à desigualdade de gênero, ampliam o risco cardiovascular e exigem ações de saúde específicas para o contexto feminino.

Conclusão: 70% das mortes poderiam ser evitadas?

O dado é impactante — e, sim, boa parte das mortes por doenças cardiovasculares pode ser evitada com prevenção e mudança de hábitos.

Mas isso exige mais do que informação: requer ações em saúde pública direcionadas ao contexto da mulher moderna, com foco em:

✅ Promoção da atividade física
✅ Apoio psicológico e gestão do estresse
✅ Educação alimentar realista
✅ Monitoramento e tratamento adequado de doenças crônicas
✅ Abordagem individualizada nos atendimentos

Você conhece seus riscos cardiovasculares?


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https://staakmed.com.br/pv

Referência:
https://www.scielo.br/j/ean/a/B8CzTYV7WQNTHZHSWQrNgJb/?lang=pt

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