Staak Med

A importância do estrogênio no organismo masculino

A testosterona é o substrato primário usado no corpo masculino para a síntese de estrogênio (estradiol), o principal hormônio sexual feminino. Embora a presença de estrogênio possa parecer bastante incomum entre homens, é estruturalmente muito semelhante à testosterona.

Com uma pequena alteração na molécula de testosterona feita pela enzima de aromatase, o estrogênio também é produzido no corpo masculino. As atividades de aromatase se dão em várias regiões do corpo imasculino, incluindo tecido adiposo, fígado, testículos, sistema nervoso central e músculo esquelético.

No contexto de um homem saudável, a quantidade de estrogênio produzida geralmente não é significativa em relação à disposição do corpo e pode até ser benéfica em termos de valores de colesterol (com exceção a efeitos colaterais do sistema cardíaco).

Entretanto em quantidades maiores existe grande potencial para causar diversos efeitos indesejados incluindo retenção hídrica, desenvolvimento do tecido mamário (ginecomastia) e aumento de gordura corporal.

Por essas razões, atletas se preocupam em minimizar o acúmulo ou atividade de estrogênio no corpo com inibidores da aromatase, como anastrozol, letrozol e exemestano, também anti-estrogênios como tamoxifeno ou mesmo clomifeno, especialmente se tratando da ginecomastia em um momento que o atleta está preocupado em aumentar definição muscular.

Não podemos pensar que o estrogênio não traz nenhum benefício ao organismo. Na verdade é um hormônio desejável em vários aspectos.

Atletas sabem há anos que os esteróides com maior potencial de estrogenicidade são os melhores construtores de massa muscular, porém só recentemente que começamos a entender mecanismos e razões que vão além do simples aumento de tamanho, peso e força que seria atribuída a retenção de água devido ao estrogênio, tendo esse hormônio, na verdade, um efeito direto no processo de anabolismo.

Isso se manifesta por meio de aumentos na utilização de glicose pela célula muscular, aumento na secreção de hGH e estímulo a uma maior proliferação do receptor andrógeno.

Texto em parceria com Diego Cella.

Compartilhe este post:

Facebook
WhatsApp
Telegram