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A relação entre obesidade e qualidade de vida

A obesidade é uma doença crônica não transmissível caracterizada pelo acúmulo excessivo de tecido adiposo no organismo. É de causa multifatorial e depende de toda a rotina e hábitos de vida do indivíduo, assim como da genética e cultura. Suas repercussões variam desde a um risco aumentado de morte súbita a doenças não letais, mas debilitantes. Ao considerar a obesidade grau Ill, (IMC > 40 kg/m²), é uma das doenças que mais mata no mundo, e em comparação com uma pessoa de peso normal, o obeso grau Ill tem uma taxa de mortalidade 12 vezes mais alta.

Mais de 2 mil anos atrás a obesidade já era relacionada a uma queda brusca na qualidade de vida, confirmada pela famosa frase de Sócrates “Que desgraça é para o homem envelhecer sem nunca ver a beleza e a força do que o seu corpo é capaz”. Vários estudos trazem dados relatando tendências do obeso ao isolamento social, estresse, depressão, dependência medicamentosa, ansiedade e agravamento da capacidade funcional.

Outro fator importante, é que além do excesso de peso prejudicar a vida como um
todo, ela também prejudica o sono, este fundamental para que o organismo funcione de forma adequada e mantenha o equilíbrio psicológico, metabólico, emocional e a disposição.

A obesidade e seus distúrbios relacionados desempenham um importante papel na apneia obstrutiva do sono, que é caracterizada como o colapso das vias aéreas superiores. Em estudos realizados, comparando o prontuário de pacientes com IMC > 30 kg/m² e IMC < 30 kg/m², o primeiro grupo apresentou correlação significativa e positiva nos índices de apneia/hipopneia em comparação ao segundo grupo.

Essas inúmeras quedas e retomadas da oxigenação durante a noite podem ter vários impactos na produtividade, causando intensa sonolência diurna e prejuízos na memória e raciocínio, além de afetar também a saúde sendo um importante fator de risco para hipertensão, insuficiência e arritmias cardíacas, aterosclerose, infarto agudo do miocárdio e diabetes.

Não obstante, também chega a prejudicar o sono de quem convive com o paciente.

Texto em parceria com Matheus Garcia.

Referências:

http://rmmg.org/artigo/detalhes/371
https://www.scielo.br/j/bjorl/a/XhdvC3rNyQrTBwBPKKb4HsJ/?lang=en

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