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Estrogênio e função cognitiva: Fique por dentro!

O envelhecimento populacional é uma realidade mundial e encontrar um meio para retardar o início da demência é muito importante para a saúde pública. Por isso, para as mulheres, estudos acerca do papel do estrogênio e da terapia hormonal da menopausa (MHT) na função cognitiva e na doença de Alzheimer – a principal causa de demência- atraiu os cientistas e o interesse público.⁣

Durante a transição da menopausa – processo em que há redução na produção de estrogênio – algumas mulheres descrevem sintomas incômodos de memória e esquecimento. O estrogênio aumenta o número de receptores dos neurotransmissores como a serotonina. Além disso, também aumenta a acetilcolina, um neurotransmissor fundamental nos processos de formação de memória e aprendizagem.


Por isso, numerosos estudos epidemiológicos examinaram se o uso de estrogênio na pós-menopausa afeta a função cognitiva em mulheres mais velhas. Os dados são conflitantes, com alguns estudos epidemiológicos mostrando evidências de benefícios leves e outros maiores estudos relatando nenhum benefício ou possível dano.


Um ensaio clínico randomizado de mulheres na pós-menopausa em terapia oral de estrogênio descobriram um aumento na ativação cerebral durante as tarefas cognitivas. Em contraste, um estudo auxiliar da Women’s Health Initiative (WHI), avaliou mulheres nesse período e após um acompanhamento médio de 4 anos, nenhuma melhora significativa na função cognitiva foi observada na terapia com estrogênio-progesterona em comparação com placebo.⁣

Vários ensaios clínicos randomizados avaliaram o estrogênio no tratamento de mulheres com doença de Alzheimer. No maior estudo, 120 mulheres com a doença leve ou moderada foram aleatoriamente designadas para terapia de estrogênio ou placebo por um ano . Não houve diferença entre os grupos em vários testes de função cognitiva, função motora e atividades da vida diária.⁣

Há um suporte limitado para a hipótese de que o estrogênio preserva a função cognitiva em mulheres na pós- menopausa. Portanto, faltam evidências científicas e são necessárias mais pesquisas com o intuito de elucidar os benefícios desta terapia e sua influência na cognição.

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