Staak Med

“Falou de ANVISA, perdeu a credibilidade…” Será mesmo?

Foi uma das (péssimas) frases que eu li nos comentários de uma postagem minha.

No vídeo, eu falo sobre a não aprovação do uso, mesmo que off-label, de esteroides para emagrecimento. Isso não é só no Brasil, mas em outros países. Houve muito apoio de profissionais de verdade, aqueles que entendem e sabem do que estou falando.

Agora, os pseudo-profissionais, ou mesmo quem “se doeu” com o conteúdo do vídeo, veio pra baixaria. Dizer que se mencionei a Anvisa, perdi credibilidade; que não sabia do que estava falando; que o negócio é se entupir de esteroide mesmo; que se tá dando resultado, tá certo; que as pessoas são livres para fazerem o que quiserem; e outras tantas asneiras que mencionaram nos comentário.

Pois bem, eu, como médico, atuando numa profissão devidamente regulamentada, devo me submeter às legislações e entidades vigentes no país. E isso não é algo ruim. Quem critica a Anvisa, por exemplo, o faz sem saber sequer como o órgão realmente atua no Brasil. Mas isso não vem ao ponto agora.

Acontece que a “profissão” de coach, por exemplo, não é regulamentada. Aí o profissional, por exemplo, de educação física que quer ser um Deus do fitness e prescrever treino, dieta e medicamentos, coloca esse título em si próprio, uma vez que isso sequer é uma profissão.

Dessa forma, não há órgão regulamentador, conselho profissional… Não há compromisso com o cliente, com a saúde deste. Cansei de atender pacientes vindos de coachs com a saúde e o físico em frangalhos, para que eu, então, pudesse corrigir os problemas gerados por má orientação de um terceiro.

Entenda: você achar certo ou errado não torna algo ilegal, legal. Além disso, na minha opinião, quem tem princípios éticos e morais não faria esse tipo de coisa.

Cada um é livre para fazer e seguir o que quiser, sem sombra de dúvidas. Mas preste atenção a quem você confia sua saúde, seu bem estar e seu corpo… E, ainda mais, analise se vale a pena o detrimento da saúde em troca de um “shape de aluguel”.

Porque uma coisa é certa: a estética é consequência da saúde. E se a estética é colocada como prioridade sem o compromisso com a saúde, o resultado é passageiro, mas o dano pode ser permanente.

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