Intervenção medicamentosa pode influenciar a estatura final na Síndrome de Turner

Entenda os avanços no tratamento da baixa estatura na ST e os impactos do GH e da oxandrolona no crescimento

A Síndrome de Turner (ST) é uma condição genética que afeta exclusivamente mulheres, caracterizada pela perda total ou parcial do cromossomo X. Afeta aproximadamente 1 em cada 2.000 a 5.000 meninas nascidas vivas e apresenta manifestações clínicas como baixa estatura, infantilismo sexual, pescoço alado e cúbito valgo.

Dentre os desafios enfrentados por essas pacientes, um dos principais é o comprometimento da estatura final. Felizmente, os avanços na endocrinologia e na terapêutica medicamentosa abriram caminhos promissores para modular o crescimento e potencializar o desenvolvimento físico dessas meninas.

Como evoluiu o tratamento da baixa estatura na ST?

Nos primeiros anos, diversas tentativas foram feitas para estimular o crescimento de meninas com ST, utilizando:

  • Estrógenos e andrógenos, com resultados limitados;
  • GH humano natural, antes do surgimento do GH sintético, com pouca eficácia por limitações técnicas.

A virada ocorreu a partir da década de 1990, quando ensaios clínicos com GH sintético passaram a demonstrar resultados mais expressivos. Em 1997, o FDA aprovou oficialmente o uso de GH para tratamento da baixa estatura em ST.

Com a prática clínica, foram definidos fatores que otimizam a resposta ao GH:

  • Idade precoce de início da terapia;
  • Estatura-alvo genética;
  • Maturação esquelética no momento da introdução;
  • Doses e tempo de uso adequados.

A combinação com oxandrolona potencializa os resultados?

A oxandrolona é um esteroide anabolizante com leve ação androgênica, utilizada como adjuvante ao GH para potencializar a resposta de crescimento em pacientes com ST.

Desde meados dos anos 1990, estudos vêm explorando essa associação — e os resultados são promissores.

O estudo: GH e oxandrolona elevam significativamente a estatura final

Um estudo brasileiro com 76 meninas com ST dividiu as participantes em três grupos:

  • Grupo A (n=16): estrogênios e progestágenos
  • Grupo B (n=21): oxandrolona isolada
  • Grupo C (n=39): GH + oxandrolona

Resultados:

  • O grupo C (GH + oxandrolona) atingiu a maior estatura final;
  • O tratamento combinado foi significativamente superior ao uso isolado de estrogênios ou oxandrolona;
  • Um fator adicional importante foi a estatura materna, que influenciou diretamente o resultado final.

Esses dados indicam que a associação medicamentosa tem efeito sinérgico no ganho de estatura, especialmente quando iniciada precocemente e ajustada individualmente.

Conclusão: GH + oxandrolona é o padrão ouro no ganho de estatura em ST

A intervenção precoce com GH e oxandrolona representa hoje a estratégia mais eficaz para otimizar o crescimento em meninas com Síndrome de Turner.
Combinada a uma análise individualizada — levando em conta idade, maturação óssea, estatura dos pais e contexto clínico — é possível mudar o prognóstico físico dessas pacientes de forma significativa.

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