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Outubro Rosa: seria a atividade física uma aliada?

Outubro é o mês de prevenção ao câncer de mama. Esse é causado por uma multiplicação desordenada de células da mama que perderam seus mecanismos de controle, gerando células anormais (junção delas é denominada tumor). Caso esse tumor seja capaz de se reproduzir rapidamente, invadir outros órgãos/tecidos e se espalhar pelo corpo (metástase), chamamos de tumor maligno (câncer).

Há inúmeros tipos de câncer de mama, cada um evoluindo de maneira diferente, de acordo com suas características. Embora seja muito mais comum em mulheres, não é exclusivo, visto que 1% dos registros de CA de mama acometem homens.

Segundo o INCA (Instituto Nacional de Câncer) a estimativa para 2020 é de 66.280 novos casos. É o câncer mais comum em mulheres e só perde pro câncer de pulmão no quesito mortalidade.

‼️Como fator de risco principal, encontra-se a idade, 4 de cada 5 casos acontecem após os 50 anos, além de outros fatores como: obesidade e sobrepeso após a menopausa, sedentarismo e inatividade física, consumo de bebida alcoólica, exposição frequente a radiações ionizantes, uso de contraceptivos hormonais, histórico familiar.

Na maioria dos casos pode ser percebido em fases iniciais, por meio de sinais e sintomas como: nódulo, fixo e geralmente indolor, pele da mama avermelhada, retraída ou semelhante a casa de laranja, alteração no mamilo, pequenos nódulos nas axilas ou pescoço, saída espontânea de líquidos pelos mamilos. Os sinais e sintomas devem ser investigados por um médico.

De acordo com o INCA 30% dos cânceres de mama podem ser evitados com alguns hábitos saudáveis. De modo geral, a prevenção está baseada em controle dos fatores de risco e no estímulo de fatores protetores, os que são considerados modificáveis. Baseando-se especialmente em hábitos de vida (atividade física, alimentação).

A atividade física é vista como um ótimo tratamento não farmacológico do câncer (CA), ainda que seus mecanismos específicos não estejam 100% elucidados/comprovados. Especula-se que as alterações metabólicas, inflamatórias, imunes e de composição corporal criem um ambiente hostil ao desenvolvimento metastático.

Estudo feito com 2987 mulheres com CA de mama mostrou que a prática de atividade física após o diagnóstico reduziu em 24% a reincidência e 45% a mortalidade. Outros estudos mostraram que a atividade física está associada a um risco reduzido de reincidência da doença (CA de mama e colorretal).

Como dito anteriormente, os mecanismos ainda não são completamente elucidados. No entanto, há algumas hipóteses a respeito, são elas:

– Fatores metabólicos: Atividade física tender a regular os valores séricos de insulina, além de melhorar a resposta do corpo a ela. E é sabido que altos valores de insulina aumenta o risco de um CA existente.

– Inflamação: Embora a atividade física de maneira aguda gere um processo inflamatório no corpo, no longo prazo tem efeitos de redução da inflamação, diminuindo os níveis de Proteína C Reativa (associada diretamente aos índices de recorrência e mortalidade do CA).

– Função Imune: A prática de atividade física moderada/intensa é associada a diversas mudanças favoráveis no sistema imune, além da elevação aguda das células de defesa NK, T e B. Mudanças essas ligadas a um menor risco de CA e melhor prognóstico.

– Composição corporal: Estudo feito com +3000 pessoas mostrou que a associação do excesso de tecido adiposo e baixo nível de massa muscular aumenta em 40% o risco de mortalidade comparado a pessoas com boa composição corporal.

É de extrema importância que as mulheres conheçam seu corpo, identificando o que é ou não normal em suas mamas. A mamografia é o exame capaz de mostrar alterações suspeitas antes mesmo de o tumor palpável, porém a confirmação necessita de um exame histopatológico.

Na dúvida, procure um médico. E não deixe de fazer seus exames de rotina!

Autores:

Leonardo Reis
Isadora Ponticelli
Marcos Staak Jr.

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