Não sou treinador. O que escreverei a seguir é com base na minha experiência como aluno e nas conversas com diversos treinadores, principalmente com o que me acompanha, o @nicolasseccel.
Dentro da periodização de treinamento devem ser previstos períodos de treinos regenerativos (ou “deload”).
Essa fase permite que mantenha-se algum estímulo, porém com menor volume, com ou sem redução da intensidade (mais relacionada à carga), para que ocorra uma espécie de “descanso ativo”, de forma a recuperar sistemas neuromusculares. Estamos trabalhando com altos volumes de treinamento desde dezembro. O meu mesociclo atual conta com 218 séries por semana, em alta intensidade.
Já temos previsto, dentro dessa programação, semanas regenerativas com 50% do volume, e manutenção da intensidade. Porém, na semana passada, o meu feedback fez com que iniciássemos hoje com treinos degenerativos reduzindo volume em torno de 25%, mas também com redução de carga, de 30-40%.
Devido à minha rotina diária e ao alto volume de treinos, instalou-se uma espécie de fadiga central, onde por mais que eu quisesse fazer os treinos, estava difícil de chegar ao final. Isso é visto nos processos das síndromes de overtraining e RED-S. Em ambas, o que pega é à restrição calórica relativa, onde o aporte diário não supre as necessidades energéticas.
Sabe-se que rotinas cognitivas (de trabalho e estudo) superiores a 8h diárias associadas a treinamento de alta intensidade são fatores predisponentes de ambas as síndromes, e se não houver noção para “pisar no freio” , o processo deletério que se instala é extremamente negativo.
Na imagem acima, ilustro a redução do tempo do treino (de ~65 para 45 min) e redução dos BPM médio (que era ~130 e caiu para 116) e máximo (que chegava a 168 e hoje ficou em 139).Imagem no meu perfil no Instagram
E aí? Você treina com periodização adequada e respeitando sua individualidade, ou seu treino é aleatório? Se fosse só “puxar ferro” e subir carga, seria muito fácil.
Procure pessoas capacitadas e devidamente orientadas para lhe acompanhar. Seu corpo e sua evolução agradecem.