Atualmente sabemos que homens idosos têm certa predisposição a sofrer com a Sd. do iQT Longo induzida por algumas drogas, como alguns antibióticos, antidepressivos, medicações psicotrópicas ou até mesmo antiarritmicos. E o aumento desse intervalo altera a função cardíaca podendo levar os pacientes a desmaiar ou até mesmo ter uma parada cardíaca. Logo, questionaram se a Testosterona Transdermal ou a Progesterona Oral poderiam ser fatores de proteção para esse grupo de pacientes que necessitam de um tratamento com drogas que provocam um aumento do iQT.
Visto que alguns estudos já sugerem que a Progesterona Oral poderia atenuar o alongamento do iQT em mulheres e outros estudos pré-clinicos apontaram que testosterona e progesterona são fatores de proteção para o prolongamento da repolarização ventricular, pós despolarização precoce e arritmias, essa hipótese levou um grupo de pesquisadores a criarem essa hipótese e iniciarem os estudos.
Assim, fizeram uma analise em idosos, dividindo-a em 3 fases, sendo a 1º fazendo uso da Testosterona Transdermal e placebo, a 2º fazendo uso de Progesterona Oral e placebo e a 3º com placebo para ambos os grupos. Cada fase com duração de 7 dias e no último dia seriam feitos ECGs antes e depois da injeção de uma droga “alongadora” do QT, um antiarrtimico chamado Ibutilida, para avaliar os efeitos desses hormônios em relação a amenização desse prolongamento.
Então, ao realizar os ECGs ao fim de cada fase, foi observado que durante a fase da Testosterona, a indução do alongamento do iQT pela droga foi mais atenuada, tanto nos primeiros momentos quanto após 8h, em relação às outras fases. Entretanto, os efeitos positivos da Progesterona não podem ser descartados, apesar de menores que os da fase 1.
Assim, a conclusão do estudo foi que são necessários estudos maiores para comprovar a segurança, eficácia e viabilidade de usar Testosterona Transdermal ou Progesterona Oral nos idosos com fatores de risco que precisam ser tratados com drogas que prolongam o iQT.
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