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Qual a importância de uma avaliação cardiovascular na prevenção da morte cardíaca súbita nos jovens atletas?

A Morte Cardíaca Súbita (MCS) no exercício é um termo usado quando a morte ocorre de modo inesperado e instantâneo até 24h após a prática da atividade física esportiva, mas a morte de um jovem atleta torna-se mais trágica quando poderia ter sido previnida usando protocolo de triagem mais especifico. Assim, é necessário uma avaliação mais detalhada do Sistema Cardiovascular, apesar das controvérsias na definição do protocolo.⁣

A dúvida é pela inclusão ou não do ECG em repouso, mais o histórico pessoal e familiar do atleta e o exame físico na avaliação antes da prática esportiva. Existem dados importantes de um programa italiano, que o protocolo utilizando o ECG, indica uma redução da incidência da MCS. Entretanto, a aplicação do programa em outros países com populações mais diferentes gera preocupação em relação a resultados falso-positivos, infraestrutura e recursos dos sist. de saúde.⁣

A triagem busca as possíveis causas ocultas que possam gerar uma Parada Cardíaca Súbita (PCS), que podem ser anomalias estruturais no sistema cardiovascular ou alterações funcionais. A Miocardiopatia Hipertrófica (MCH) é a anomalia estrutural+funcional mais comum nos jovens, sendo cerca de 1/3 das MCS. A MCH pode ter sintomas e estudos sugerem que 80% dos atletas que morreram não apresentaram sintomas pré-morte. Logo, só o exame físico e histórico dificulta a identificação do problema.⁣

Outras causas estruturais da MCS são as anomalias congênitas da A. Coronária e Sd. de Marfan. As causas funcionais podem ser: Sd. QT Longo ou Curto ou Sd. de Brugada. Além disso, os atletas são orientados a evitar usar drogas ilícitas e estimulantes de desempenho. Mas, temos saber que mais da metade das PCS têm origem genética, endossando a relevância do diagnóstico precoce, que possibilita encontrar e previnir tal doença nos familiares através de exames genéticos.⁣

Portanto, buscamos o método que detecte potenciais ameaças por desordens cardíacas ocultas antes dos eventos. E apesar da baixa incidência da MCS, a prevalência de causas cardíacas deve pesar no rigor da triagem, podendo controlar a desordem pela modificação das atividades e intervenções médicas reduzindo os riscos de MCS.

@dr.staak
@luizfbmiranda_
@padrinhomed

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