Smartwatches em medicina de saúde: assistência e monitoramento – uma revisão de escopo

Nos últimos anos, os smartwatches têm ganhado popularidade devido à sua capacidade de monitorar indicadores de saúde, como frequência cardíaca, padrões de sono e atividade física. Esses dispositivos oferecem um potencial significativo na detecção precoce de doenças, incluindo problemas cardíacos, distúrbios do movimento e até sinais iniciais de COVID-19. No entanto, a confiabilidade de seus diagnósticos dentro dos sistemas de saúde continua sendo um tópico de discussão.

A necessidade de precaução na interpretação dos dados

Embora os smartwatches ofereçam vantagens substanciais na detecção de condições médicas, sua interpretação de dados exige cautela. A precisão dos algoritmos utilizados nesses dispositivos é crucial para garantir resultados confiáveis. Discrepâncias na detecção podem impactar significativamente os cuidados de saúde, exigindo o desenvolvimento de relógios médicos com algoritmos aprimorados e a integração de assistentes de hospital baseados em inteligência artificial (IA). Esses assistentes têm o potencial de monitorar pacientes, agendar consultas e gerenciar medicamentos, permitindo que os profissionais de saúde se concentrem em tarefas mais complexas.

A tecnologia de monitoramento de frequência cardíaca

Os smartwatches avançados geralmente incluem monitores de frequência cardíaca, utilizando uma técnica chamada fotopletismografia para medir com precisão os batimentos cardíacos. Um exemplo notável é o uso desses dispositivos em pacientes com epilepsia, onde algoritmos de IA podem identificar convulsões de alto risco e acionar uma resposta imediata. Além disso, esses dispositivos são eficazes na detecção de condições como fibrilação atrial, permitindo intervenções precoces que podem melhorar significativamente a qualidade de vida dos pacientes. Vale ressaltar que esses dispositivos dependem de algoritmos para interpretar os dados clínicos, e sua eficácia está intimamente relacionada à qualidade de seus algoritmos.

Detecção de estresse e estado emocional

Os avanços na interação humano-computador têm possibilitado que os smartwatches detectem sinais de estresse, monitorando alterações na frequência cardíaca, temperatura da pele e outros indicadores fisiológicos. Quando o corpo responde ao estresse, várias alterações fisiológicas ocorrem, como aumento da frequência cardíaca, pressão arterial elevada e níveis elevados de açúcar no sangue. Os smartwatches coletam esses dados para criar classificadores individuais, ajudando a identificar níveis de estresse, o que pode ser útil para intervenções precoces em pacientes.

Rastreamento de sintomas e doenças crônicas

Estudos indicam que os smartwatches são ferramentas eficazes no monitoramento de condições de saúde a longo prazo, como dor crônica, insuficiência cardíaca e até COVID-19. Por exemplo, o acelerômetro de um smartwatch pode ser usado para monitorar comportamentos específicos em crianças com autismo, como bater as mãos ou soluçar, facilitando diagnósticos e acompanhamento. Além disso, a apneia do sono, um distúrbio associado a múltiplos problemas de saúde, pode ser monitorada de forma eficaz por esses dispositivos.

E-Pacientes: a nova geração de pacientes conectados

O avanço da tecnologia criou a figura dos “e-pacientes”, indivíduos que dependem de dispositivos tecnológicos para monitorar a progressão de suas doenças. Isso só é possível com uma formação abrangente fornecida pelas instituições de ensino para médicos e estudantes de medicina. A utilização de smartwatches na área da saúde é promissora, mas exige desafios como a integração perfeita com fluxos de trabalho clínicos e um gerenciamento eficaz dos dados coletados.

Integração com dispositivos de monitoramento e profissionais de saúde

A combinação de smartwatches com dispositivos portáteis adicionais pode transformar esses dispositivos em ferramentas essenciais para o monitoramento de pacientes. Quando conectados a profissionais de saúde, esses dispositivos podem enviar dados vitais em tempo real, melhorando a qualidade do atendimento. Além disso, eles podem atuar como lembretes para que os pacientes tomem medicamentos de forma pontual, oferecendo um nível adicional de segurança e conforto no gerenciamento de condições de saúde.

Limitações e desafios dos Smartwatches

Embora os smartwatches ofereçam grande potencial, sua precisão ainda é um desafio. Um estudo recente apontou que os dispositivos apresentam imprecisões nas medições de pressão arterial, com viés sistemático em seus resultados. Além disso, diferentes marcas de smartwatches podem produzir resultados variados, muitas vezes divergindo dos dispositivos médicos tradicionais. Embora esses dispositivos possam revolucionar os cuidados de saúde, proporcionando acesso mais fácil aos dados de saúde dos pacientes, é importante considerar que eles ainda se concentram apenas na agregação de dados biomédicos, sem uma visão holística do paciente.

O futuro dos Smartwatches na medicina

A funcionalidade dos smartwatches na área da saúde depende de seus algoritmos e do design de seus programas, bem como do tipo específico de uso. Eles têm grande potencial para diagnosticar e relatar sintomas, detectando riscos precoces e monitorando condições crônicas. No entanto, questões de segurança precisam ser levadas em conta, pois muitos desses dispositivos foram desenvolvidos com fins de conveniência e não com precisão diagnóstica em mente. Para que seu potencial na medicina seja plenamente explorado, é necessário um aprofundamento na pesquisa e no desenvolvimento de assistentes clínicos mais sofisticados, aproveitando a tecnologia de IA para melhorar os cuidados com os pacientes.

Em resumo, embora os smartwatches mostram-se promissores como ferramentas de monitoramento e diagnóstico na medicina, sua integração total nos cuidados de saúde exige aprimoramento contínuo, pesquisa e uma abordagem cuidadosa no uso de seus dados para garantir precisão, segurança e eficácia.

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DOI: 10.1186/s12911-023-02350-w

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