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Uso indiscriminado de testosterona está te deixando demente!

As estruturas do cérebro que são sensíveis aos níveis de andrógenos são maiores nos homens do que nas mulheres, e isso inclui o hipocampo (associado com memória espacial, memória de trabalho, aprendizado de lugares e mapeamento cognitivo), a amígdala (influencia o comportamento social) e o núcleo sexualmente dimórfico (influencia o comportamento sexual), que são abundantes em receptores estrogênicos e androgênicos.

Cada parte do cérebro é mais sensível à exposição a andrógenos em determinado período do desenvolvimento da pessoa.

Um estudo realizado comparando os níveis de testosterona em adultos saudáveis e em afetados por Alzheimer mostrou que o segundo grupo possuía níveis circulantes de testosterona reduzido. Outro estudo demonstrou que a reposição de testosterona em homens com Alzheimer obteve melhora considerável da memória visual e espacial quando comparados com o grupo que não fez a reposição.

A testosterona, a di-hidrotestosterona e o estradiol afetam positivamente a memória, a cognição e o comportamento, principalmente por estarem relacionados a efeitos neurogênicos e neuroprotetores, impedindo a apoptose de certos neurônios.

DOSES ALTA DE ESTERÓIDES E NEUROTOXICIDADE

Apesar do que foi dito antes, é necessário tomar cuidado quando o assunto é dose
suprafisiológica de anabolizantes. Um estudo mostrou que usuários crônicos de EAA apresentaram maiores níveis de placas beta amiloides, que têm forte relação com Alzheimer.

Além disso, foi apresentado apoptose de células neuronais com mecanismo comparável ao Alzheimer e à doença de Huntington.

Outro estudo comparando usuários de EAA com indivíduos saudáveis mostrou diminuição na memória de reconhecimento de padrões e na memória visuoespacial dos usuários crônicos de esteroides.

Apesar de não poder ser extrapolado para humanos, estudos feitos em murinos mostraram ação neurotóxica, induzindo apoptose em neurônios que possuem receptores androgênicos quando a concentração de andrógenos está maior que o normal.

Texto em parceria com Matheus Ferreira.

Referências:

doi: 10.5772/intechopen.70475
doi:10.1016/j.neubiorev.2019.02.014
doi:10.1016/j.drugalcdep.2012.11.008
doi:10.1159/000345567
Middlebrook, Igor. and Benjamin Schoener. “Anabolic Steroid Toxicity.” StatPearls, StatPearls Publishing, 1 May 2022.

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