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Você já ouviu falar do Beta-hydroxy-beta-methylbutyrate (HMB)?

Beta-hydroxy-beta-methylbutyrate, também chamado de HMB, é um metabólito da leucina, um dos aminoácidos essenciais, comercializado como suplemento alimentar com o intuito de aumento de massa magra e diminuição do percentual de gordura.

Estudos nos mostram que ele possui ação no aumento da integridade da membrana celular dos miócitos, além de reduzir a degradação da proteína dos músculos. Além disso, estudos recentes mostram que esse suplemento atua também no aumento do IGF1 e MTOR quinase, mecanismos fundamentais para a hipertrofia muscular.

Diante de seu mecanismo de ação, surge a pergunta: o HMB pode entrar como uma estratégia na suplementação de indivíduos que desejam melhora da composição corporal?

Para responder a essa pergunta, Brett e sua equipe realizaram uma metanálise avaliando o efeito do uso diário de 3g/dia de HMB em indivíduos jovens treinados. Para o desapontamento daqueles que utilizam esse suplemento, o grupo de pesquisadores concluiu que ele não tem efeito no ganho de massa muscular. Já em relação ao percentual de gordura, se observou uma tendência de diminuição discreta, porém sem significância estatística.

Apesar dos benefícios em atletas não se terem comprovado, Hongmei Wu e sua equipe decidiram realizar uma metanálise avaliando uma população diferente. Os pesquisadores analisaram uma série de estudos que selecionou idosos, portadores ou não de doenças incapacitantes para o teste. O estudo mostrou que a suplementação de HMB na dose de 3g/dia foi efetivo em relação ao placebo em preservar a massa muscular dessa população. Diante dos dados levantados, os pesquisadores concluíram que a suplementação de HMB pode ser útil na prevenção da atrofia muscular induzida por exemplo pelo repouso no leito.

Diante desse dado, Javier e equipe decidiram avaliar uma nova variável. Idosos, submetidos a um programa de exercício físico, associado ou não a HMB, poderiam apresentar um ganho pelo uso desse suplemento?

Para responder a essas perguntas, o grupo de pesquisadores realizou uma nova metanálise, comparando agora dois grupos: Agora, todos os indivíduos analisados eram idosos submetidos a um programa de exercícios físicos, dividindo-os em grupo controle e em uso de HMB.

Os resultados encontrados pelos pesquisadores foram de que a suplementação de HMB não gerou uma melhoria superior ao exercício físico isolado em nenhum dos desfechos analisados. Diante disso, ficou concluído que o uso de HMB é proveitoso apenas naqueles indivíduos que não estão aptos a praticar programas de treinamento físico, como idosos acamados, por exemplo.

A partir dessa série de estudos, fica evidente que o HMB pode ser utilizado como terapêutica complementar em indivíduos que por questões de saúde não podem praticar atividades físicas. Entretanto, ficou evidente que em praticantes de musculação, não existe indicação de uso dessa suplementação.

Referências:

DOI: 10.1519/JSC.0000000000003461
DOI: 10.2478/hukin-2019-0070
DOI: 10.3390/nu11092082
DOI: 10.1016/j.archger.2015.06.020

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