A famosa TPC – terapia pós ciclo – se refere ao uso de medicamentos para tratar a descontinuação do uso de esteroides.
Os esteroides “desligam” a produção natural de hormônios, o que é um problema que deve ser tratado após a interrupção do uso de hormônios. Na descontinuação de forma abrupta, sem tratamento adequado, um quadro prolongado de hipogonadismo pode se instalar. Nesses casos ocorrem perda de massa muscular, redução da disposição, depressão e alterações de função sexual e libido.
O eixo hipotálamo-hipófise-testicular controla a síntese de testosterona. Resumidamente, o hipotálamo secreta GnRH que estimula a hipófise a secretar LH e FSH, que por sua vez atuam nas células dos testículos para produzir testosterona e espermatozoides.
Se a testosterona cai, mais GnRH, LH e FSH são liberados para estimular a produção. Se a testosterona está alta, o contrário ocorre. E no uso suprafisiológico de testosterona, GnRH, LH e FSH ficam suprimidos (zerados).
O retorno da produção hormonal natural pode ocorrer mesmo sem a TPC, porém isso pode levar vários meses! O que causa a perda de massa muscular pós ciclo é justamente a não adequação dos níveis de androgênios, e uma TPC mal feita ou não feita.
Os objetivos da TPC são, portanto, um reestabelecimento mais rápido dos níveis hormonais normais e evitar sinais e sintomas de hipogonadismo.
A forma como deve ser conduzida a TPC depende dos hormônios utilizado no ciclo, do tempo de utilização, das condições hormonais antes do ciclo, se há ou não intenção de fertilidade de forma prioritária, da idade do indivíduo, entre outros fatores. Dessa forma, não há uma fórmula específica de TPC, seja no uso de quais medicamentos ou suas dosagens.
Entretanto, coisa é certa: Clomifeno sempre será superior ao Tamoxifeno no pós ciclo. E quem fala o contrário é porque não estuda.