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“Pode tomar, está seguro. Nem vai dar colateral…” Fique de olho!

Diversas mulheres que utilizam esteroides anabólicos androgênicos (EAA) são apresentadas e orientadas sobre que substância(s) usar, quanto usar e como usá-las por um parceiro, amigo ou técnico/treinador “de confiança”.⁣

Para alguns, a iniciação no EAA é uma escolha impulsiva, enquanto outros querem superar a estagnação e/ou se preparar para competições de fitness.⁣

Muitas mulheres não estão preparadas para os ​​efeitos indesejáveis masculinizantes, embora algumas sintam que eles são superados pelos efeitos desejados.⁣

Os efeitos masculinizantes incluem queda de cabelo, crescimento de pelos em locais de padrão masculino, redução do volume das mamas, aprofundamento da voz, entre outros. A mudança de voz, especificamente, pode revelar o uso e muitas vezes é acompanhada por sentimentos de vergonha e arrependimento.⁣

A ausência de menstruação também pode ocorrer, bem como o aumento do clitóris, que frequentemente dá origem à vergonha e reduz a auto-estima.⁣

Em um estudo, 33% das mulheres analisadas relataram o uso atual ou passado de EAA. As usuárias eram mais musculosas do que as não usuárias e relataram o uso de muitas outras drogas ‘ergogênicas’ (para melhorar o desempenho) além dos EAA.⁣

Algumas descreveram uma síndrome franca de dependência ergogênica de polissubstâncias, freqüentemente com morbidade significativa.⁣

56% das usuárias relataram sintomas hipomaníacos durante o uso de EAA e 40% relataram sintomas depressivos durante a retirada.⁣

76% das usuárias relataram pelo menos um efeito médico adverso associado ao uso de EAA.⁣

As descobertas mais interessantes são várias síndromes psiquiátricas incomuns relatadas por usuários e não usuários de EAA. Isso inclui práticas dietéticas rígidas (que chamamos de ‘transtorno alimentar, tipo fisiculturista’), papéis de gênero não tradicionais e insatisfação e preocupação crônicas com seus físicos (uma síndrome denominada ‘transtorno dismórfico corporal’).⁣

As mulheres que usam EAA correm o risco de desenvolver efeitos masculinizantes irreversíveis, de difícil processamento e que podem influenciar negativamente a autoestima, a vida social e a função sexual, tanto durante quanto após o uso.

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