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Microlesões do treino realmente existem?

Você não lesiona sua musculatura quando treina, apesar de substâncias/enzimas que indicam lesão muscular poderem ser dosadas no sangue após sessões de treino.⁣

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Um exercício resistido (com pesos) gera tensão muscular, mas não gera lesão celular quando bem executado e realizado. Não é objetivo do treinamento o rompimento de células musculares.

Quando ocorre lesão, ela chama-se distensão muscular, sendo classificadas quanto a gravidade. Por isso, compreenda o conceito de micro lesão para não se equivocar.⁣

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A ruptura de uma célula muscular no adulto é um evento permanente e essa lacuna será preenchida por tecido colágeno em vez de novas células, num processo que chamamos de remodelamento.

Portanto, lesão celular é algo IRREPARÁVEL e a cicatrização ocorre devido as células remanescentes acabarem compensando aquelas que se romperam através do aumento de tamanho (hipertrofia) – mas com perda de função comparado ao tecido original.⁣

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Contudo, o exercício tensional gera alterações na ultra-estrutura das miofibrilas e o estresse mecânico do treinamento resistido gera desarranjos nos sarcômeros por alteração das proteínas de fixação. O dano ocorre às proteínas do sarcômero e não à célula muscular de fato… Só para lembrar: a unidade motora do músculo é o sarcômero; Actina e Miosina, que são proteínas, seus principais componentes, e deslizam entre si para gerar contração muscular; e a linha Z e a banda M mantém a estrutura paralela entre elas.


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No treinamento usual, o aumento de marcadores “de lesão” muscular como a CPK (creatinofosfoquinase) ocorre pelo aumento de permeabilidade da membrana celular que decorre do processo inflamatório iniciado pela alteração da arquitetura das miofibrilas, não por lesão. A membrana fica mais permeável, permitindo o extravasamento das enzimas para a corrente sanguínea. Por isso conseguimos dosar essas enzimas no sangue.⁣

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Entenda isso de verdade: abra o McArdle.⁣

Um texto do meu amigo @drjansprey.⁣

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