Foi na tentativa de responder essa pergunta que Bhasin e colaboradores fizeram 2 estudos em que foram utilizadas diferentes doses de enantato de testosterona em jovens de 18-35 anos saudáveis e em idosos de 60-75 anos hígidos.
Nesses estudos, notou-se que tanto jovens quanto idosos respondem igualmente às doses de testosterona no que se refere ao ganho de massa livre de gordura (MLG). Mas ele foi além, em cada estudo ele dividiu 5 grupos em que foram utilizados 25mg, 50mg, 125mg, 300mg e 600mg de testosterona por semana durante 20 semanas.
Com relação à MLG, seguiu-se uma resposta dose-dependente, ou seja, o grupo com 600mg/semana foi o que mais ganhou massa (+7,9kg em jovens e 7,3kg em idosos) e o grupo com 25mg acabou perdendo (-1kg em jovens e -0,3kg em idosos). Ao final das 20 semanas, o grupo de jovens tolerou bem o tratamento mesmo nas dosagens mais altas (600mg). Porém o grupo de idosos teve efeitos adversos mais pronunciados como o aumento de hematócrito > 54%, o edema nas pernas e os eventos prostáticos, sendo a dose mais segura efetiva a de 125mg/semana para essa faixa etária.
Vale ressaltar que a avaliação do eixo foi desconsiderada aqui pois foi feito o uso de análogos de GnRH de longa duração exatamente com o intuito de inibir o eixo HPT independente da dose de testosterona aplicada
Portanto, não existe protocolo, cada paciente deve ser avaliado em sua individualidade e considerada as respostas específicas ao tratamento empregado, sendo feito o manejo clínico pelo médico capacitado.
DOI: 10.1152/ajpendo.2001.281.6.E1172
DOI: 10.1210 / jc.2004-1184