O hormônio do crescimento (GH) tem atuação em diversos órgãos-alvo com diferentes ações em cada um deles.
No tecido adiposo o GH estimula a liberação e a oxidação dos ácidos graxos livres, particularmente durante o jejum. Esses efeitos são mediados por uma redução na atividade da lipase lipoproteica, a enzima envolvida na depuração dos quilomícrons ricos em triglicerídeos e das lipoproteínas de densidade muito baixa (VLDL) da corrente sanguínea. Por conseguinte, o GH favorece a disponibilidade de ácidos graxos livres para armazenamento no tecido adiposo e oxidação no músculo esquelético.
No músculo esquelético o GH exerce ações anabólicas sobre o tecido muscular esquelético. O hormônio estimula a captação de aminoácidos e sua incorporação em proteínas, a proliferação celular e a supressão da degradação proteica.
No fígado o GH estimula a produção e a liberação hepáticas do IGF-1, estimulando também a produção hepática de glicose.
Faz sentido pensar fisiologicamente que se o GH em jejum aumenta a liberação e a oxidação dos ácidos graxos livres, sua melhor utilização seria nesse período.
Porém o tempo médio para pico plasmático do GH varia de 3,5-6 horas após a administração. E seus tempos de meia vida variam de acordo com a marca:
– Genotropin: 3h
– Humatrope: 3,8h
– Norditropin: 7-10h
– Nutropin AQ: 2,5h
– Omnitrope: 2,5-3h
– Saizen: 2h
– Serostim: 2-6,5h
– Zomacton: 2,7h
– Zorbtive: 2-6h
Vejo muita preocupação com esse tipo de situação e uma “necessidade” de ter um controle dessas condições, em muitas pessoas que sequer fazem o básico.
Antes de preocupar-se com tantos pormenores, faça o básico. Treino, dieta, descanso. Se GH fosse mágica para emagrecimento, seria a primeira linha no tratamento da obesidade.