Hoje eu trago aqui um assunto bem polêmico e muito válido de ser discutido!
É sabido que o uso de hormônios esteroides anabólicos androgênicos causam alterações de perfil lipídico. Isso ocorre sempre? Tem como evitar?
Para ilustrar, tragos exames de um paciente que já acompanha comigo e com o @olegariojsf na clínica há 1 ano.
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É um homem de 40 anos de idade que nos procurou em abril de 2019 para melhoria de saúde, qualidade de vida e composição corporal.
Após coleta de história clínica, exame físico e exames complementares, iniciamos o uso de testosterona para ele, devido à baixa testosterona nos exames, além de sintomatologia que corroborava com os mesmos.
Após 8 meses de acompanhamento, estão aqui os exames.
Houve um aumento importante da testosterona, onde reduzimos a dose em utilização.
Mas chamo a atenção para o perfil lipídico, onde houve uma queda importante do colesterol, de praticamente 50%, além de os triglicerídeos terem reduzido a 1/4 do que eram no início do tratamento! E isso ocorreu ao longo de meses de uso de hormônio!
É sim MUITO POSSÍVEL fazer uso de hormônios e ter um ótimo controle de saúde! É o nosso dia a dia, e faz parte da nossa prática clínica.
O problema é o uso inadvertido e sem acompanhamento.
Muitas vezes um exame alterado, como os estrogênios desse paciente, levam as pessoas a tomarem condutas equivocadas, como por exemplo, utilizar inibidores de aromatase de forma incorreta, o que piora ainda mais o perfil de colesterol. Neste caso ilustrado, não utilizamos essa classe medicamentosa, uma vez que já é esperado o aumento do estradiol pelo uso da testosterona. Sem sintomas = sem necessidade de tratamento.
Observe que o paciente tem uma rotina de treino com pesos, onde a CPK acima dos valores normais nos chama a atenção pra isso.
E aí? Vai ficar arriscando a saúde fazendo o que o amigo/vizinho/colega/“carinha da academia” orientou?
O acompanhamento especializado faz toda a diferença!
