Não existe prevenção de ginecomastia. É uma ignorância pensar no uso de drogas profiláticas para tratar efeitos adversos de esteroides de forma selecionada. Por que você quer prevenir APENAS a ginecomastia, se esse efeito adverso é meramente estético e não traz riscos à saúde? Não faz o menor sentido!
O primeiro passo no manejo de uma nova ginecomastia é descontinuar quaisquer medicamentos que a causem. Se o medicamento for identificado como a causa da ginecomastia durante a fase inicial, proliferativa e frequentemente dolorosa, sua interrupção pode resultar na regressão do tecido glandular (dentro de 1 mês após a interrupção do medicamento). Por outro lado, se a ginecomastia estiver presente por mais de 1 ano, é improvável que a interrupção do medicamento agressor resulte em regressão espontânea do tecido glandular, porque é provável que haja fibrose.
Se a ginecomastia e a sensibilidade mamária não remitirem dentro de 3 meses após a interrupção do medicamento causador, a terapia medicamentosa pode ser considerada. O manejo da ginecomastia depende de vários fatores, incluindo sua etiologia, duração, gravidade e a presença ou ausência de sensibilidade.
Quando a ginecomastia persiste por mais de 12 meses, o tecido glandular mamário torna-se tipicamente fibrótico e é improvável que a terapia médica seja eficaz. O tamoxifeno é eficaz na prevenção da ginecomastia associada ao uso de antiandrogênio no câncer de próstata.
Em 3 ensaios com homens com câncer de próstata recebendo altas doses (150 mg / dia) do antiandrogênio bicalutamida sozinho ou com tamoxifeno (10 a 20 mg / dia), a ginecomastia ocorreu em 86 de 124 pacientes (69%) tratados com bicalutamida isolada em comparação com 11 de 122 pacientes (9%) tratados com bicalutamida mais tamoxifeno.
O tamoxifeno deve ser continuado durante a terapia antiandrogênica, pois seu efeito não persiste após ser descontinuado.
Dr Marcos Staak Jr
Médico – CRM/SC 17642
