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Como funciona o planejamento nutricional no esporte?

Invista em um planejamento nutricional adequado e transforme sua performance e qualidade de vida. Seus hábitos alimentares interferem diretamente nos seus resultados e na ausência deles. A performance esportiva não é apenas sobre o que você faz durante o treino, mas também sobre o que você coloca no seu prato.

Como funciona o planejamento nutricional no esporte?

1- ANAMNESE ALIMENTAR:

Investiga-se todos os componentes da alimentação de um atleta, mesmo o momento fora da atividade física, levando em conta os objetivos pessoais, rotina diária, suplementação e medicamentos utilizados e a rotina diária do atleta;

2- COMPOSIÇÃO CORPORAL:

É necessário saber como o corpo do atleta está dividido. Cada esporte demanda valências específicas, enquanto powerlifters buscam o máximo de força possível – o que normalmente significa maior acúmulo de gordura — bodybuilders almejam o máximo de hipertrofia muscular com o mínimo de gordura. Diversos métodos podem ser utilizados para avaliar a composição corporal, o mais comum é o método duplamente indireto, por bioimpedância e antropometria;

3- EXAMES LABORATORIAIS:

Avaliando possíveis carências e demandas;

4- TREINAMENTO:

Como o treino impacta no gasto energético do atleta.

POSTERIORMENTE À AVALIAÇÃO DESSES PILARES, INICIA-SE O PLANEJAMENTO ALIMENTAR, TAMBÉM DIVIDIDO EM 4 ETAPAS:

1- Determinação das necessidades energéticas;
2- Análise do consumo alimentar;
3- Atendimento às recomendações nutricionais;
4- Ergogênicos.

Um conceito fundamental para a prescrição de um plano alimentar é o metabolic equivalent task (MET), que avalia o consumo energético durante a atividade física. Com o MET é possível caracterizar a intensidade física, são consideradas atividades suaves aquelas avaliadas em até 3 METs, moderadas de 3 a 6 METs e intensas atividades com valores superiores a 7 METs.

A partir da classificação em MET é possível calcular o gasto calórico do indivíduo durante a atividade. Por exemplo, o MET da musculação é de 3,5, para se avaliar o gasto calórico multiplica-se o MET pelo peso em quilos e pelo tempo da atividade em horas. Um indivíduo de 100 quilos que fez um treino de uma hora e meia tem um gasto estimado de 525 Kcal. Com esse cálculo é possível fazer a prescrição dos nutrientes demandados pelo atleta:

– Carboidratos: 3 a 5 g/Kg/dia para exercícios de baixa intensidade, 5 a 7 g/Kg/dia para exercícios de moderada intensidade, 6 a 10 g/Kg/dia para exercícios de endurance e 8 a 10 g/Kg/dia para treinamentos de altíssimo comprometimento;

-Proteínas: 1,2 a 3,3 g/Kg/dia distribuídos entre as refeições;

-Lipídios: essenciais para exercícios prolongados e de intensidade moderada e para síntese de hormônios esteróides.

 

Referência:

Recomendações Nutricionais para a Atividade Física e o Esporte – Revista Brasileira de Educação Física, Esporte, Lazer e Dança

Dr Marcos Staak Jr
Médico – CRM/SC 17642

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