Ômega-3. Um dos suplementos mais conhecidos e utilizados, mas que tem boa parte de seus benefícios mal esclarecidos.
Dentre os que fazem suplementação dessa substância, existem alguns tipos de pessoas. As que fazem uso de uma quantidade absurdamente alta de hormônios exógenos e buscam em outras substâncias uma melhora do perfil lipídico. Se esse for seu caso, procure também ajuda psiquiátrica. Também existem aqueles que têm uma dieta suja, regada a alimentos industrializados e pobres do ponto de vista nutricional, mas não encontram neste suplemento o efeito erroneamente esperado.
Agora, o indivíduo com uma boa rotina de exercícios físicos, aliado a uma dieta ajustada, pode ganhar muito com o Ômega-3! Principalmente aqueles que buscam alto desempenho na atividade de sua preferência, devido a aparição de dores em diversos pontos do corpo, condição que pode ser amenizada pela ingestão destes ácidos graxos poli-insaturados.
Indivíduos ativos fisicamente, rotineiramente lidam com processos inflamatórios que levam a perda de performance.
Após a demanda física, o corpo sofre um dano muscular induzido pelo exercício, chamado de EIMD. Essa alteração é responsável por causar inflamação muscular transitória, perda de força, dor muscular e pode levar a necessidade de interrupção da rotina de treinamentos.
Um grupo de indivíduos recebeu suplementação de ômega-3, 3 cápsulas por dia (1 consumida pela manhã, 1 no almoço e 1 à noite), cada uma contendo 1040 mg de Ômega-3/n-3 PUFA (715 mg de EPA e 286 mg de DHA) por cápsula, para um total de 3900 mg de óleo de peixe por dia, contendo 3g de Ômega-3 (2145 mg de EPA e 858 mg de DHA) por dia, durante um período de 4 semanas.
Após analisar os resultados obtidos, foi notada uma diferença significativa na dor muscular observada entre os grupos, sugerindo que o grupo que fez uso da substância pode ter sido exposto a menos dor em comparação com o grupo placebo.
A suplementação de ômega-3 (n-3), pode minimizar a EIMD, dessa forma atenuando o processo de dor, por meio de suas propriedades anti-inflamatórias. Mesmo não tendo relação direta no aumento de performance, a suplementação desse composto pode ser útil no combate da dor associado ao exercício.
@ricardopelaquin
Referência:
doi.org/10.1186/s12970-020-00405-1
Dr Marcos Staak Jr
Médico – CRM/SC 17642