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Você sabe manejar o hipotireoidismo gestacional?

Hipotireoidismo gestacional. Na gestação, alterações hormonais, especialmente o aumento do HCG, podem estimular o eixo hipotálamo-hipófise-tireóide, resultando em menores concentrações de TSH, tornando assim o diagnóstico do hipotireoidismo gestacional um desafio.

Caso seja manejado de forma inadequada, essa condição apresenta riscos sérios, desde aborto até complicações como pré- eclâmpsia e descolamento prematuro de placenta sendo essencial realizar um rastreio adequado. Diante disso, é recomendado que esse rastreio seja realizado em todas as gestantes idealmente dosando o TSH no início do primeiro trimestre de gestação. Consideramos normais os valores menores que 2,5 mUI/L.

Durante a gestação, o valor de TSH para diagnóstico de hipotireoidismo é acima de 4,0 mUI/L.

Valores entre 4,0 e 10,0 mUI/L diagnosticam o hipotireoidismo, porém ainda se faz necessário a solicitação do T4L para complementar a investigação. Caso o T4L se encontre em níveis normais, temos o diagnóstico de hipotireoidismo subclínico (HSC); caso se encontre abaixo dos valores de referência, o diagnóstico é de hipotireoidismo clínico (HC).

Os casos de hipotireoidismo subclínico requerem tratamento com levotiroxina (LT4) em dose inicial de 1 mcg/kg/dia.

Já no hipotireoidismo clínico, a dose inicial é de 2 mcg/kg/dia. Caso o TSH se encontre entre 2,5 e 4,0 mUI/L, o caminho é um pouco diferente.

Devemos realizar a dosagem do ANTI-TPO. Caso esteja positivo, devemos tratar com 50 mcg/dia de levotiroxina, caso negativo, não é necessário tratamento.

Você já conhecia esse fluxograma de manejo do hipotireoidismo gestacional?

 

Referência:

FEBRASGO POSITION STATEMENT: Rastreio, diagnóstico e manejo do hipotireoidismo na gestação.

 

Dr. Marcos Staak Jr | Médico | CRM-SC 17642

 

@_guilherme.adami

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