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Disfunção gonadal na doença renal crônica

Distúrbios sexuais são comuns em pacientes com doença renal crônica, quadro multifatorial e psicológico, que inclui disfunção erétil, diminuição de libido e diminuição na frequência das relações sexuais. Esse fato é relado em cerca de 70% dos casos de pacientes em hemodiálise e diálise peritoneal e em sua maioria não fazem tratamento para isso.⁣

As causas também incluem problemas no sistema vascular, neurológico, endócrino, função testicular, ginecomastia, anemia. Os níveis de testosterona total e livre normalmente são reduzidos, assim como o metabolismo da prolactina que está sob o controle inibitório dopaminérgico, se “torna” autônoma na doença renal crônica que pode ter sua liberação aumentada em homens urêmicos sendo associada a infertilidade e perda de libido.⁣

O tratamento se dá por diálise e ingestão nutricional adequadas; estudos mostram que a administração de eritropoietina causa uma normalização do feedback gonadal hipofisário, reduzindo concentrações plasmáticas de LH e FSH, aumentando os níveis de testosterona.⁣

Nas mulheres geralmente ocorre amenorreia em pacientes com doença renal terminal. A hipermenorragia e anovulação (leva a infertilidade) são as principais anormalidades em pacientes urêmicas. Na pré-menopausa, é visto ausência de efeitos progestacionais e de picos pré-ovulatórios de LH, refletindo em distúrbios no estradiol também; a idade da menopausa tende a diminuir na presença da doença.⁣

Além de um acompanhamento ginecológico, em pacientes que desejam o retomar a menstruação, tem-se o uso de um agente progestacional. O adesivo de testosterona tem se mostrado eficaz em alguns casos, assim como a suplementação de estrogênio pode melhorar a função sexual em pacientes com baixa circulação de estradiol; o transplante continua sendo o meio mais eficaz em pessoas com insuficiência renal crônica.⁣

Em ambos a deficiência de testosterona leva a outros desfechos clínicos como desnutrição, anemia, diminuição da mineralização óssea e da massa muscular, assim como à um maior risco de doença cardiovascular e diminuição da sobrevida geral da população. O papel da depressão também deve ser levada em conta associada a alteração da função sexual.

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