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Adoçantes: benéfico ou maléfico?

Os adoçantes tem a capacidade funcional de adoçar alimentos sem adição de calorias “extras” vazias. Um dos benefícios da ingestão reduzida de açúcar é a modulação da glicemia e a diminuição de peso corporal (obviamente não sendo um fator isolado). Porém, a propriedade sensorial, aquele “docinho”, não é indicador de confiabilidade. Diferentes tipos de adoçantes tem diferentes efeitos fisiológicos e devem ser analisados com cuidado.

Os produtos químicos nos alimentos interagem com receptores específicos, principalmente na boca. Assim, a energia química dos alimentos é convertida em sinais elétricos que são transportados para o sistema nervoso central (cérebro), onde é decodificado em uma sensação de sabor. Sendo assim, o consumo exacerbado de adoçantes pode ter um lado negativo para a adesão dietética por estimular muitas vezes a compulsão do sabor doce. Já para o lado positivo, muitos indivíduos se beneficiam dos adoçantes ao “economizar” calorias e controlar a vontade de doce.

O consumo de adoçantes de baixa caloria modifica a homeostase da glicose pois prepara o corpo para o consumo de carboidratos que no caso, não serão ingeridos – e não é bem elucidado se conseguem fazer estímulo da insulina ou não, mas parece que alguns adoçantes como sacarina e sacarose podem estimular um receptor chamado de “CPIR”, que faz estimulação neural para a produção de insulina – mas nada conclusivo.

Os adoçantes possuem diferentes efeitos na fisiologia e no comportamento alimentar através da mediação de receptores do sensorial sabor doce, hormônios intestinais, ativação cerebral e microbiota. Quanto ao consumo, a escolha do adoçante pode ser adaptada para atender aos objetivos da reformulação, sejam estes para reduzir calorias, diminuir a resposta glicêmica, fornecer volume ou atender aos critérios como ingrediente natural e SEMPRE com muito bom senso e cautela.

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