Com certeza você conhece alguém que come igual a uma capivara raivosa, não pratica nenhum tipo de atividade física e mesmo assim não engorda de jeito nenhum. Não é mesmo? 🤷🏻♂️
Pois é, isso pode ter uma explicação científica/genética.
É sabido que a obesidade é uma doença multifatorial, podendo ter desde causas psicológicas até mesmo causas genéticas. Dentre as possíveis causas genéticas, já é conhecido o gene FTO. Há diferentes estudos tentando elucidar seu mecanismo, embora não haja um consenso. No entanto, foi observado que a diminuição da expressão desse gene levou a uma redução da massa gorda em animais.
A maior parte dos estudos envolvendo a genética da composição corporal é focada em genes ligados à susceptibilidade a obesidade, apenas poucos são sobre “genes da magreza”. Porém, em junho deste ano foi publicado um artigo na revista Cell que estuda um desses genes da magreza.
Linfoma Quinase Anaplásico (ALK). Esse foi o gene identificado pela Cell como candidato a gene da magreza. Foram realizados experimentos em moscas Drosophila e camundongos. Nas moscas, o gene ALK foi inativado (knockdown) e levou a uma redução dos níveis de triglicérides. Já nos camundongos, essa inativação levou a manutenção do peso mesmo em dieta hipercalórica e mutações obesogênicas da leptina.
Além disso, foram recolhidos dados de 47102 pessoas do banco de dados genéticos da Universidade de Tartu (Estônia), a fim de identificar variantes genéticas associadas à magreza. Comparando indivíduos magros com indivíduos normais (grupo controle), de acordo com o IMC, foram sim encontradas alterações do gene ALK (e também de outros genes, como o próprio FTO).
“Ah, que maneiro! Então esse gene pode acabar com a obesidade?”
Olha, bem difícil afirmar algo assim. Mas acredito sim que possa ser um bom caminho a ser pesquisado/entendido.
Mas vale lembrar: embora haja fatores genéticos para a obesidade/emagrecimento, é multifatorial. Então é fora de cogitação deixar de lado bons hábitos alimentares e atividade física.
