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Cognição e dano cognitivo na enxaqueca

A enxaqueca é um tipo de cefaleia primária (quando não há alguma patologia de base) e crônica que afeta 9-35% da população mundial. Tipicamente os sintomas se manifestam por 4 a 72h, caracterizando-se por dor unilateral, pulsátil, que piora com esforço além de ser acompanhada por náuseas e sensibilidade à luz (fotofobia) e a sons (fonofobia).⁣

Diferentes pessoas possuem diferentes intensidades de crises, no entanto, a intensidade não foi proporcionalmente relacionada com a ocorrência de sintomas/danos cognitivos.⁣

Muitas vezes, um pródromo (sensação de que a enxaqueca está começando) anuncia as crises. O pródromo pode incluir mudanças de humor, perda de apetite, náusea ou uma combinação. Além disso, cada pessoa percebe em si alguns tipos de fatores desencadeantes, mas temos alguns que são bem frequentes como: privação de sono, estresse, fatores hormonais (menstruação), ingestão de bebidas alcoólicas, certos alimentos, entre outros.⁣

Embora a dor seja o principal fator incapacitante, é relatada disfunção cognitiva no estado pós-ictal (pós crise) e entre crises consecutivas. Acredita-se que esse déficit temporário seja influenciado pela redução dos níveis de Serotonina que acontece após uma crise.⁣

Estudos avaliaram a performance cognitiva de pacientes após uma crise de enxaqueca e observaram que durante esse período há uma diminuição do desempenho (memória, noção de espaço, linguagem).⁣

Já por outro lado, estudos também mostraram que ao longo dos anos pessoas que têm enxaqueca possuem um menor declínio cognitivo. Uma das explicações aceitas é de que esses pacientes geralmente ao longo da vida passam por mudança de hábitos de vida, devido aos fatores desencadeantes (e também nocivos a saúde), por exemplo, passando a ter o sono e a alimentação regulares, e passam a evitar o consumo de álcool e tabaco. ⁣

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