É preciso encaminhar um paciente a um especialista para fazer uma simples reposição de vitamina D?
Recebo várias pessoas que vem de uma caminhada semelhante: consultaram num cardiologista, de forma preventiva para acompanhar, por exemplo, sua hipertensão arterial. O cardiologista solicita exames, e, nos resultados, fica evidente uma deficiência de vitamina D. Algo simples de ser corrigido. O que o médico especialista faz? Encaminha a outro especialista e NÃO RESOLVE O PROBLEMA.
Endocrinologistas que fazem diagnóstico de hipertensão arterial no consultório mas não iniciam o manejo clínico, apenas encaminham ao cardiologista.
Médicos de diversas especialidades que observam os exames de seus pacientes se deteriorando ao longo dos meses, porém não fazem absolutamente NADA pela saúde destes. Esperam um pré-diabetes se tornar um diabetes, para então encaminhar para outro especialista iniciar uma conduta.
Médicos DE VERDADE deveriam conseguir resolver ~80% dos problemas de saúde que podem acontecer na população. A formação médica com foco em especialidades e subespecialidades onera um sistema de saúde por completo e, pior, ATRASA o tratamento precoce de diversas condições corriqueiras de prejuízo à saúde.
Esses mesmos especialistas criticam as condutas de quem está resolvendo problemas de saúde de diversas pessoas.
É impossível fazer uma consulta médica bem feita em poucos minutos. O que escuto de meus pacientes frequentemente? “Nunca fui tão bem atendido num consultório”, “nunca se preocuparam em me explicar meus exames”, nunca se importaram em, de fato, melhorar a minha saúde”.
Esta, a SAÚDE, não é simplesmente a ausência de doenças.
“Profissionais” preocupados em criticar seus colegas geralmente estão com muito tempo livre. E, se essa conduta é necessária para engrandecer seu próprio nome ou valorizar seu (medíocre) trabalho, o “profissional” em questão não é digno da profissão que tem.
“O homem é escravo do que fala e dono do que cala. Quando Pedro me fala de João, sei mais de Pedro do que de João” (Freud).