A população masculina tem o hábito de ignorar a importância da prevenção de doenças e acompanhamento médico de rotina, baseado em argumentos fortemente relacionados há um processo histórico proveniente desde os primórdios da humanidade. Juntamente com esse pensamento, o próprio serviço de saúde não possui muitas políticas voltadas a este público, resultando em desconhecimento e distanciamento.
Sabendo disso, é interessante relacionar e alertar essa baixa adesão aos sistemas de saúde com o uso de medicamentos buscando melhorar a composição física, os conhecidos esteroides anabolizantes.
Esses fármacos foram desenvolvidos inicialmente para fins terapêuticos, mas hoje são utilizados por atletas e pessoas no geral que buscam melhorar sua imagem estética visando o ganho de massa muscular e aumento de força. Também entre os usuários estão aqueles que utilizam produtos clandestinos, os famosos undergrounds, sem nenhum controle sanitário e higiênico.
Mesmo tendo grande sucesso no tratamento de diversas condições como o crescimento ósseo, crescimento muscular, casos de queimadura, osteoporose, anemia, HIV e alguns casos de câncer, podem causar efeitos colaterais e se faz necessário avaliar se seus benefícios terapêuticos compensam o surgimento de efeitos adversos.
Justamente nesse âmbito comparativo entre risco e benefício se faz estritamente necessária a presença de um médico para avaliar e alertar sobre os resultados positivos e negativos esperados, além de um acompanhamento durante todo o tratamento buscando maior segurança, maior aproveitamento dos benefícios e maior controle dos riscos.
É válido ressaltar que, nos casos onde o uso se faz necessário, o profissional da saúde estará durante todo o tempo monitorando o paciente, observando quaisquer alterações e complementando os atendimentos com a solicitação dos exames necessários.
Texto em parceria com Matheus Garcia.
Referências:
doi: 10.1186/s12889-022-13734-4.
doi: 10.1002/dta.30