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Alimentação e câncer de mama: Saiba mais!

O câncer é definido como uma enfermidade multicausal crônica, caracterizada pelo crescimento descontrolado das célula e resulta de uma interação entre fatores endógenos e ambientais, sendo o mais notável desses fatores a dieta e estilo de vida. Com diversos tratamentos disponíveis, a melhor opção continua sendo a preventiva, e esta tem tomado um espaço importante no campo da ciência.

O alto consumo de alimentos ultraprocessados com componentes cancerígenos e pode-se observar influência negativa da incorporação da dieta ocidental moderna (elevada em gordura e alimentos industrializados e pobre em fibras). Podendo aumentar o %, as gorduras dietéticas podem influenciar o processo de carcinogênese ao modular as cascatas de sinalização intracelular. Além disso, o tecido adiposo acumulado pode levar à síndrome metabólica e tumorigênese, por meio de vias envolvendo a insulina e IGF-1.
E a ingestão de álcool – independente do tipo de bebida alcoólica consumida – consistentemente é associada ao aumento do risco de Câncer de mama.

O consumo de vegetais e frutas na dieta fornece quantidades consideráveis de polifenóis – e seu potencial mecanismo de ação reside em sua capacidade de neutralizar o estresse oxidativo e a inflamação – e fibra, ambos sugeridos para prevenir a carcinogênese.

Os polifenóis também antagonizam a sinalização do estrogênio, tanto pela inibição da aromatase, que é responsável pela síntese do estrogênio e regulando a proliferação de células tumorais. Por meio de um mecanismo de ação semelhante, a fibra pode prevenir a carcinogênese ligando estrogênios e reduzindo seus níveis séricos ou melhorando a sensibilidade à insulina e reduzindo o ganho de peso.

Também foi mostrado que altas ingestões de cálcio e vitamina D estão moderadamente relacionadas ao menor risco de CM. Antioxidantes obtidos através da alimentação são opções melhores do que suplementação desnecessária.

É importante levar em consideração a alimentação, mas em doenças como câncer, diabetes, obesidade que são multifatoriais, a dieta é apenas um dos fatores a serem avaliados dentre todo um contexto que conta com estilo de vida, genética e ambiente.

Estratégias nutricionais e suplementações específicas podem ser grandes aliados ao tratamento do câncer de mama. O tratamento quimioterápico e de radiação comumente empregados nos cânceres de mama em estágio 1 a 3 acompanham alguns efeitos colaterais indesejados, como náusea, vômitos, perda de apetite, xerostomia (boca seca), mudanças no paladar e no olfato, entre outros. Todos estes efeitos além de prejudicar a qualidade vida do paciente acabam por prejudicar também o metabolismo, direta ou indiretamente. Visto isso, o ganho de peso também é um comum efeito colateral em mulheres recebendo quimioterapia.

Além do ganho de gordura, a perda de massa muscular também está ligada à quimioterapia, algumas vezes podendo levar à obesidade sarcopênica. O maior problema relacionado ao ganho de peso em si é o dano ao metabolismo, por exemplo, a hipercolesterolemia, o aumento da resistência à insulina, a hipertensão arterial, etc. Com estratégias nutricionais aliadas ao exercício físico é possível aumentar a eficiência da quimioterapia ou da radioterapia, por exemplo, aumentando a circulação e a perfusão sanguínea das células carcinogênicas, entregando assim a droga com mais eficiência.

Estudos trazem o uso de Vit. C e E juntamente com o tamoxifeno como eficiente estratégia para diminuir o colesterol total, aumentar os níveis de HDL e atenuar os sintomas da quimioterapia relacionados ao altíssimo stress oxidativo. Outra estratégia interessante empregada foi o uso de EPA + DHA (40:20) para a redução de dores articulares e menor incidência de neuropatias periféricas. A suplementação de altas doses de DHA (1,8g/dia) apresentou melhora na resposta ao tratamento quimioterápico, pois o ácido decosahexaenóico quando incorporado à membrana celular melhora a permeabilidade da célula, fazendo com que haja melhor entrega da droga às células carcinogênicas. A suplementação de vit. D 50.000 UI/semana também se mostrou eficaz ao diminuir a incapacitação dos pacientes por dores articulares e reduzir a sensação de fadiga.

Alguns exemplos de como sem deturpações e radicalismos nutricionais, a nutrição pode servir de grande auxílio ao tratamento do câncer.

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