Uma epidemia global vem acontecendo neste exato momento e pode estar acometendo seus conhecidos, familiares ou até mesmo você que está lendo. Estamos falando da obesidade!
Desde a década de 80, o índice de massa gorda na população mundial cresceu assustadoramente, podendo ser atribuído à mudança da alimentação. Isso, devido à adição de alimentos cada vez mais industrializados, com um baixo valor nutricional e também ao aumento das comodidades trazidas por inovações de vários setores, o que deixou a população mundial mais sedentária e com uma vida cada vez menos ativa.
Além de contribuir para o desenvolvimento de dislipidemias, diabetes, cânceres e distúrbios relacionados ao sono, a obesidade, associada ou não a outros fatores de risco, pode levar ao desenvolvimento de doenças cardiovasculares letais, como vem fazendo notoriamente.
Dados mais recentes consideram a circunferência abdominal de um obeso, independente do IMC, uma importante métrica para determinar riscos relacionados a doenças no sistema cardiovascular.
Estudos que quantificam depósitos de gordura, incluindo gordura ectópica, apoiam também o excesso de adiposidade visceral como um notável risco para a aparição de doenças cardiometabólicas.
Analisando 300.000 adultos com 18.000 eventos de Doença Arterial Coronariana (DAC), pesquisadores notaram que o IMC, nas faixas de sobrepeso e obesidade, ficou associado a um elevado risco do desenvolvimento da DAC.
Outra alteração cardíaca diretamente relacionada com a obesidade é a FA (fibrilação atrial), o tipo mais comum de arritmia. O ganho de peso e o aumento do IMC são fatores que aumentam significativamente a incidência de FA.
Perdas de peso modestas não demonstraram ser claramente eficientes quando o assunto é a diminuição dos riscos de DAC, sendo mais seguro associar tais reduções a perdas de peso mais notórias e sólidas, resultantes de um processo concreto de mudanças de hábitos de vida em longo prazo.
DOI: 10.1161