A dosagem usada é importante para determinar o nível de benefício recebido. Os esteróides anabólicos androgênicos tendem a ser mais eficientes na promoção de ganhos musculares quando tomados em um nível de dosagem moderadamente supraterapêutico.
Abaixo disso, em níveis terapêuticos, os benefícios anabólicos potenciais são freqüentemente contrabalançados, pelo menos até certo ponto, pela supressão da testosterona endógena. É o famoso “trocar 6 por meia dúzia”. Você apenas “troca” a sua testosterona endógena (de produção natural) por uma exógena (aplicada por via externa). Isso não traz nenhum benefício adicional, independente da via de administração – intramuscular ou transdérmica.
Falando em via transdérmica, a testosterona base utilizada não tem ligação a nenhum éster, o que torna seu tempo de ação extremamente curto (poucas horas). Além disso, a solubilização de doses maiores que 100 mg/g de gel torna a absorção prejudicada. Isso tudo traria a necessidade de uso em mais vezes ao dia, o que dificulta a adesão e os possíveis efeitos relacionados à performance e à estética.
Em doses muito altas (supraterapêutica excessiva), menores ganhos incrementais são notados (retornos desproporcionais às dosagens).
No caso do enantato ou cipionato de testosterona, por exemplo, uma dosagem de 100 mg por semana é considerada terapêutica e geralmente é insuficiente para notar fortes benefícios anabolizantes. No gel transdérmico, isso varia de acordo com o veículo utilizado. Num veículo comum de absorção de 9-14%, para tais níveis, já seriam necessários ~100 mg/dia.
Quando a dosagem está na faixa de 200-600 mg por semana, entretanto, a droga é altamente eficiente no apoio ao crescimento muscular (supraterapêutico moderado).