Embora os esteróides anabólicos / androgênicos (EAA) sejam geralmente considerados drogas terapêuticas de alta segurança, seu uso também pode estar associado a uma série de efeitos adversos cosméticos, físicos e psicológicos.
Muitos desses efeitos colaterais são freqüentemente aparentes durante as condições de uso terapêutico, embora sua incidência tenda a aumentar profundamente à medida que as dosagens atingem faixas supraterapêuticas.
Praticamente todo mundo que abusa de EAA para propósitos de aumento de desempenho físico ou estético percebe alguma forma de efeitos adversos de seu uso.
De acordo com um estudo, a frequência exata de efeitos colaterais tangíveis em um grupo de usuários de esteróides foi de 96,4%. Isso mostra muito claramente que é muito mais raro abusar dessas drogas e não notar os efeitos colaterais do que suportá-los.
Além dos efeitos colaterais que os EAA podem ter em vários sistemas internos, há outros que podem não ser imediatamente aparente para o usuário.
Chega a ser impressionante a quantidade de pessoas que usam EAA e preocupam-se com “evitar” uma ginecomastia associando inibidores de aromatase ao uso dos mesmos, mas esquecem da saúde cardiovascular e do perfil lipídico, por exemplo. Digo isso pois a redução do estrogênio PIORA o perfil de colesterol e AUMENTA o risco cardiovascular.
Além do aumento do risco cardiovascular, a supressão do estrogênio aumenta (e muito) o risco de lesões e rupturas musculares e tendíneas.
Qual o sentido de, em troca de querer evitar um efeito adverso mais estético, e que pode facilmente ser tratado no início do seu surgimento, o indivíduo querer usar algo que piore sua condição de saúde global, aumentando efeitos adversos que já são conhecidos durante o uso de EAA de forma suprafisiológica?
Se formos querer prevenir TODOS os colaterais possíveis do uso de EAA, precisaríamos de medicamento para hipertensão, edema, ginecomastia, para melhoria de perfil lipídico, acne, queda de cabelo, fora a parte psicológica e a virilização em mulheres…