Descubra como medicamentos como o Clomifeno podem ser alternativa viável para homens com deficiência de testosterona — preservando a fertilidade
A reposição de testosterona é a abordagem mais conhecida no tratamento do hipogonadismo masculino. Mas será que é a única? E mais importante: é a melhor opção para todos os casos?
O hipogonadismo é caracterizado por níveis baixos de testosterona no sangue, acompanhados de sintomas como disfunção erétil, fadiga, perda de massa muscular e sonolência. Embora mais comum com o avanço da idade, essa condição pode atingir homens de todas as faixas etárias.
Neste artigo, você vai entender os tipos de hipogonadismo, os riscos da reposição hormonal tradicional e os avanços terapêuticos que podem preservar a fertilidade masculina — como o uso do Clomifeno.

Causas do hipogonadismo: primária x secundária
Para entender as abordagens de tratamento, é preciso primeiro diferenciar as origens do hipogonadismo:
- Hipogonadismo primário: ocorre quando há falha nos próprios testículos, mesmo com níveis elevados de LH e FSH. O testículo não consegue produzir testosterona adequadamente.
Hipogonadismo secundário: ocorre quando há uma falha na estimulação do eixo hipotálamo-hipófise, resultando em baixos níveis de LH e FSH e, consequentemente, baixa produção de testosterona. É comum em casos de obesidade, estresse crônico ou uso de certas medicações.
A terapia convencional com testosterona e seus efeitos colaterais
O tratamento padrão com testosterona exógena melhora rapidamente os sintomas. No entanto, carrega uma consequência importante: a inibição do eixo hormonal natural, reduzindo a produção endógena de LH e FSH — o que pode comprometer a produção de espermatozoides e levar à infertilidade.
Além disso, mesmo quando usada em doses terapêuticas, a testosterona pode gerar efeitos adversos como:
- Supressão da espermatogênese
- Aumento do hematócrito
- Alterações no humor
- Retenção de líquidos e ganho de peso
Existe alternativa? Clomifeno e outras abordagens não supressoras
Nos últimos anos, novas estratégias vêm ganhando destaque no tratamento do hipogonadismo secundário — principalmente entre homens jovens que desejam preservar a fertilidade.Uma dessas estratégias é o uso do Citrato de Clomifeno (CC), um modulador seletivo do receptor de estrogênio (SERM) que estimula a produção endógena de LH e FSH, aumentando naturalmente os níveis de testosterona.
O que diz a ciência: Clomifeno realmente funciona?
Uma meta-análise publicada recentemente na revista Andrology avaliou mais de 1.600 homens com hipogonadismo que utilizaram Clomifeno.
Os principais achados foram:
- Aumento consistente da testosterona nos pacientes tratados com Clomifeno.
- Os níveis de testosterona atingidos foram equivalentes à testosterona em gel, mas inferiores à forma injetável.
- Homens jovens, com baixos níveis de LH e volume testicular preservado, responderam melhor à medicação.
- Efeitos colaterais leves, incluindo sensibilidade mamária, alterações de humor, visão turva e dor de cabeça. Apenas um caso de aumento de hematócrito foi registrado, sem necessidade de flebotomia.
Esses dados reforçam o potencial do Clomifeno como opção terapêutica eficaz, principalmente para homens com hipogonadismo secundário de causa funcional ou metabólica, como a obesidade.
Conclusão: quando considerar o Clomifeno?
O Clomifeno não substitui completamente a testosterona, mas é uma alternativa válida em contextos específicos — sobretudo em homens jovens com hipogonadismo secundário e desejo de manter a fertilidade.
O tratamento deve ser individualizado, com acompanhamento médico especializado e exames laboratoriais regulares para ajustar a dose e monitorar os efeitos.Se você apresenta sintomas de hipogonadismo e deseja avaliar alternativas ao uso de testosterona, procure orientação profissional.
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Referências
DOI: 10.1111/andr.13146
Clomiphene citrate for men with hypogonadism: a systematic review and meta-analysis
Huijben M, Lock MTWT, de Kemp VF, de Kort LMO, van Breda HMK. Clomiphene citrate for men with hypogonadism: a systematic review and meta-analysis. Andrology. 2022 Mar;10(3):451-469. doi: 10.1111/andr.13146. Epub 2022 Jan 8. PMID: 34933414.