Alguns estudos já demonstraram que a deficiência de testosterona está associada a doenças cardiovasculares e doenças das artérias coronarianas (DAC), sugerindo que pode haver um papel importante da reposição de testosterona como uma estratégia de prevenção dessas doenças. O quadro de hipogonadismo sempre deve ser bem investigado e tratado adequadamente.
O efeito da reposição de testosterona foi investigado na função ventricular esquerda, sendo a regulação autonômica cardíaca determinada pela variabilidade da frequência cardíaca, arritmias cardíacas, tamanho do infarto do miocárdio, função mitocondrial cardíaca e outros mecanismos como a reperfusão isquêmica, que é definida como o dano que ocorre em determinado tecido com a restauração do fluxo sanguíneo, após um período de isquemia.
Ratos privados de testosterona desenvolvem disfunção do ventrículo esquerdo e da variabilidade da frequência cardíaca, onde a reposição de testosterona reduz arritmias cardíacas e o tamanho do infarto do miocárdio. Foi demonstrado que o tamanho do infarto do miocárdio está associado à gravidade da disfunção ventricular esquerda, bem como à taxa de mortalidade. Uma vez que o infarto do miocárdio desempenha um papel essencial na disfunção cardíaca, a redução do tamanho do infarto seria de grande benefício em relação à contratilidade.
Neste estudo, foi demonstrado que a reposição de testosterona em ratos reduziu o tamanho do infarto causado por lesão de isquemia em 36% quando comparados com os não tratados. Concluiu-se que a reposição de testosterona exerce efeitos cardioprotetores, melhorando a função ventricular esquerda e equilíbrio simpático-vagal cardíaco prejudicado pela privação de testosterona em ratos.
A reposição de testosterona também melhora a disfunção ventricular esquerda e reduz o infarto, além de diminuir arritmias cardíacas por lesão de isquemia em condições de deficiência de testosterona.
Os mecanismos responsáveis por esses efeitos benéficos da testosterona podem ser devido à sua capacidade de reduzir a disfunção mitocondrial cardíaca e a apoptose dos cardiomiócitos.
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