A sensibilidade dos seres humanos aos efeitos da insulina está inversamente relacionada com a quantidade de gordura acumulada na cavidade abdominal.
Esses acúmulos de tecido adiposo estão frequentemente infiltrados com macrófagos, podendo constituir um local de inflamação crônica. Essa inflamação leva a liberação de adipocinas (TNF-a, IL-6, resistina) que podem causar resistência sistêmica à insulina.
“Ok, beleza. Mas o que é a resistência à insulina?”
A resistência à insulina nada mais é do que a diminuição da resposta das células a esse hormônio, levando a uma hiperglicemia. Essa hiperglicemia de maneira sustentada pode levar a um quadro de Diabetes Mellitus do tipo 2 (DM2)
Sabe-se, de maneira comprovada, da efetividade da Metformina em pacientes com DM2 ou estágio de pré-diabetes, atuando através de 3 mecanismos: 1) redução da produção de glicose hepática, 2) aumento da sensibilidade à insulina (melhorando a captação e utilização da glicose) e 3) retardo da absorção intestinal da glicose.
Porém, muito se tem utilizado a fins de emagrecimento.
Mas será que realmente funciona?
Foram feitos 12 estudos com pacientes não diabéticos mas com sobrepeso ou obesos. Desses doze, 5 apresentaram perda de peso como desfecho primário e 4 com redução significativa de peso (um deles relatou perda de até 7kg em 6 meses).
No entanto, nenhum desses estudos podem ser tomados como verdade, visto que possuíam design fraco e N (nº de pessoas) bastante reduzido.
“Entendi… Mas o que podemos concluir disso então?”
Podemos concluir que trabalhar com emagrecimento é muito mais do que uma receita/medicamento pronto. Embora o fármaco possa ajudar, ele não vai fazer o que a própria pessoa deveria estar fazendo, que é uma boa alimentação com déficit calórico e prática regular de exercícios físicos.
Texto por:
@leocreis – projeto
@padrinho_med