Em uma avaliação prospectiva de 3 coortes (120.877 homens e mulheres), o aumento do consumo de batatas fritas, batatas, bebidas adoçadas com açúcar, carnes vermelhas não processadas e carnes processadas foi diretamente associado ao ganho de peso. Em contraste, a ingestão de vegetais, grãos integrais, frutas, nozes e iogurte foi inversamente associada ao ganho de peso. Além disso, evidências acumuladas sugerem que o consumo de bebidas adoçadas com açúcar é um contribuinte importante para o desenvolvimento da obesidade em alguns indivíduos.
Quando falamos em padrões alimentares associados ao ganho de peso, podemos destacar 4 pontos:
1️⃣ Comer demais em relação ao gasto de energia causará obesidade uniformemente; a maioria dos indivíduos obesos perdeu o controle de sua alimentação (desinibição).
2️⃣ Freqüência de alimentação – A relação entre a freqüência de refeições e o desenvolvimento da obesidade não está estabelecida. Um padrão de 5 refeições por dia foi associado a um risco significativamente 𝗺𝗲𝗻𝗼𝗿 de sobrepeso e obesidade em uma coorte de nascimentos finlandesa e em uma coorte alemã de crianças mais novas. No entanto, ainda não está claro se refeições pequenas e frequentes são melhores do que refeições menos frequentes; o número total de calorias por dia é sem dúvida a chave. Existem agora dados sugerindo que restringir as calorias do dia a menos horas por dia pode ser benéfico.
3️⃣ Síndrome da alimentação noturna – a síndrome da alimentação noturna é definida como o consumo de pelo menos 25% (e geralmente mais de 50%) da energia diária entre a refeição noturna e a manhã seguinte. É um padrão bem conhecido de alimentação perturbada em obesos. Está relacionada a distúrbios do sono e pode ser um componente da apneia do sono, na qual a sonolência diurna e a vigília noturna são comuns.
4️⃣ Transtorno da compulsão alimentar periódica – o transtorno da compulsão alimentar periódica é uma doença psiquiátrica caracterizada por episódios descontrolados de alimentação que geralmente ocorrem à noite. Pode ser necessário tratamento com medicamentos que modulam a liberação/recaptação da serotonina.
