A obesidade continua sendo um importante problema de saúde pública em todo o mundo. Segundo dados da OMS: em 2014, estimou-se que quase 2 bilhões de adultos com 18 anos ou mais estavam acima do peso. Destes, mais de 600 milhões eram obesos. A obesidade resulta de um desequilíbrio entre a ingestão e o gasto de energia e tem sido associada a um risco aumentado de várias doenças crônicas e mortalidade prematura.
Mas existe uma correlação entre estresse e sobrepeso/obesidade?
Dentre os inúmeros fatores relacionados ao sobrepeso e a obesidade, o estresse foi identificado como um dos que influencia o balanço energético e contribui para o desenvolvimento da obesidade. Estudos demonstram que existe correlação diretamente proporcional entre o nível de estresse e a adiposidade independente da realização de atividade física ou distúrbios do sono, outros dois fatores que interferem no desenvolvimento ou agravamento dessa patologia.
Mas o que seria o estresse?
O estresse é frequentemente definido como a resposta generalizada e não específica do corpo a qualquer fator que sobrecarregue ou ameace sobrecarregar as habilidades compensatórias do corpo para manter a homeostase. Atualmente, na sociedade moderna, as pessoas estão expostas ao estresse o tempo inteiro e isso está associado a comportamentos e resultados negativos na saúde, inclusive o desenvolvimento de sobrepeso/obesidade.
Dessa forma, é essencial traçar estratégias para minimizar o estresse crônico. Quais seriam elas?
As evidências demonstram que a realização de atividade inversamente associada ao estresse e que o estresse pode prejudicar os esforços para adotar ou manter a realização de exercício, ou seja, o estresse atrapalha tanto a adesão quanto a iniciativa para se manter ativo.
Além disso, foi encontrado correlação entre os distúrbios do sono e o agravamento do estresse.
Adicionalmente, além do aumento no estresse, os problemas do sono se correlacionam com elevação do IMC e menores níveis de atividade.
Portanto, as estratégias para regulação do estresse são: melhora da qualidade e quantidade do sono e atividade física bem prescrita e indicada.
Referência:
doi: 10.1016/j.ypmed.2016.12.013
Dr. Marcos Staak Jr | Médico | CRM-SC 17642
@osmanvieira