A forma mais aceita de classificar um quadro de obesidade atualmente é a partir do índice de massa corporal (IMC), que consiste na divisão do peso corporal (quilogramas) pela altura (metros) ao quadrado, sendo a definição do caso baseada na evolução de saúde dos pacientes com determinado IMC.
Estudos epidemiológicos evidenciaram uma relação direta entre aumento de mortalidade e incidência de doenças relacionadas ao excesso de gordura e o aumento de IMC,classificando como sobrepeso indivíduos com IMC acima de 25 Kg/m² e obesidade o IMC superior a 30 Kg/m², sendo esse grupo o com maior risco de desenvolvimento de consequências adversas à saúde.
Contudo, existem fatores que alteram o risco relativo de indivíduos obesos desenvolverem complicações. Pessoas com excesso de gordura abdominal têm maior risco de desenvolver diabetes, hipertensão, dislipidemia e doença cardíaca isquêmica do que aqueles que possuem a gordura mais concentrada na parte inferior do corpo.
Por ser diretamente relacionada com a gordura abdominal, a circunferência abdominal é amplamente utilizada como marcador de obesidade abdominal. Homens com circunferência abdominal maior que 102 cm e mulheres com valores maiores que 88 cm apresentam risco aumentado. O ganho de peso na vida adulta também causa uma elevação no risco de complicações da obesidade.
O ganho de peso de 18 a 20 anos superior a 5 Kg aumenta o risco de desenvolvimento de diabetes, hipertensão e doença coronariana. O sedentarismo também é um importante fator de risco para o desenvolvimento de diabetes e doença cardiovascular.
Texto em parceria com Pedro Calixto.