Anastrozol de forma profilática?
Os medicamentos inibidores da aromatase (Anastrozol, Letrozol, Exemestano) combatem os efeitos colaterais estrogênicos, evitando a produção de estrogênio no corpo.
Embora sejam uma prática eficaz, também privam o corpo de um hormônio que é importante para a saúde cardiovascular, libido, saúde neurológica, além de evitar alguns tipos de lesões.
Em particular, o estrogênio apóia a produção de HDL, o que significa que os inibidores da aromatase podem inadvertidamente piorar o perfil lipídico, algo que já é conhecido como efeito adverso do uso de esteroides anabólico androgênicos.
Além disso, de forma independente, a redução do estrogênio aumenta o risco cardiovascular, de forma potencializada ao risco de um ciclo de esteróides.
Menores níveis de estrogênio também reduzem a libido, e aumentam o risco de lesões musculares, tendíneas e ligamentares.
O uso de inibidores de aromatase de forma profilática não é uma prática isenta de riscos. Muito pelo contrário, diversos riscos inerentes aos esteroides anabólicos podem ser amplificados pelo uso desses medicamentos.
A utilização de diversos fármacos em combinação, um para “controlar” ou evitar os colaterais de outro é algo extremamente estúpido e inconsequente, uma vez que a polifarmácia aumenta a mortalidade por todas as causas.
Lembre-se: quem não está capacitado ou legalmente amparado para a indicação, prescrição ou orientação quanto ao uso de medicamentos, não vai resolver os problemas quando acontecerem.