A obesidade é um dos problemas sociais mais falado do mundo, que resulta na diminuição da qualidade de vida, aumento de comorbidades e taxa de mortalidade. Foi visto que tratamentos para obesidade que incluíam reeducação alimentar + prática de atividade física + terapias complementares com suplementos naturais “anti-obesidade” foram mais úteis para a adesão dietética do que apenas restrição calórica e prática de exercícios.
A suplementação natural que é milenarmente utilizada, está ganhando seu espaço novamente e sendo cada vez mais estudada pelos seus benefícios à saúde, pouquíssima presença de efeitos colaterais e por não causarem dependência medicamentosa. Alguns suplementos antioxidantes, como compostos fenólicos (quercetina, miricerina, catequina, procuanidina e revesterol) e vitaminas (C, E, zinco e selênio) estão mostrando benefícios sob as complicações da obesidade e eficazes no emagrecimento.
O paciente obeso está em constante inflamação e a característica antioxidante desses compostos mostraram a inibição da diferenciação de adipócitos, reduzindo a absorção de gordura do trato gastrointestinal, reduzindo a lipogênese. Um estudo feito com a catequina (substância presente no chá verde) mostrou redução de peso corporal (1,7kg) em crianças obesas, após 8 semanas de uso, sem efeitos adversos.
O ácidos alfa lipóico (ALA), é um composto de oito carbonos e enxofre, cofator enzimático para as mitocôndrias. Apesar de estar presente em alimentos como carne vermelha, principalmente fígado, brócolis, espinafre, não se mostra em quantidades significativas para aumentar o nível de ALA livre no corpo, então a melhor opção é suplementação dela em cápsulas.
O ALA tem função antioxidante, afeta marcadores inflamatórios e combate os radicais livres. Além disso, pode melhorar a degeneração neuronal, artrite reumatoide e distúrbios metabólicos. Seu mecanismo de ação consiste na ativação da proteína quinase ativada por AMPK, reduzindo a lipoproteína lipase, associado a diminuição de ingesta de calorias, tem-se uma lipólise significativa e melhora da sensibilidade à insulina. Os ensaios clínicos relatam o ALA é seguro e bem tolerado à saúde.
Um estudo no Official journal of the European Society for Clinical Nutrition and Metabolism mostrou o efeito do ácido alfa lipóico (ALA) sobre o potencial de emagrecimento nos homens e mulheres. A maioria do estudo foi realizado com pessoas não saudáveis e os intervalos de dosagem recomendada para ALA variaram entre 300 e 1800 mg/dia com a duração do tratamento entre 8 e 48 semanas.
Com base nesse estudo, a suplementação com ALA teve efeito benéfico sobre o peso corporal sendo a perda de peso em indivíduos não saudáveis maior do que em indivíduos saudáveis. Além disso, também tiveram mudanças no IMC, sendo tal mudança benéfica para indivíduos com histórico de doenças.
Entretanto, para os bons resultados nessa suplementação é preciso aliá-la com uma alimentação equilibrada e a prática de atividade física. O uso do ALA é somente a “cereja do bolo” para o sucesso no processo de emagrecimento.
Além desse auxilio no tratamento da obesidade o ALA pode também neutralizar os radicais livres e impedi-los de causar reações químicas nocivas que danificam as células. Esses danos às células causados pelos radicais livres levam ao envelhecimento acelerado e a progressão do câncer e das doenças degenerativas, das quais o ALA pode proteger.
O ALA pode ser também eficaz no tratamento de doenças associadas ao estresse oxidativo. Como também tem um potecial anti-inflamatório, pois ao aliviar o estresse oxidativo pode modular a resposta inflamatória.
Sua suplementação pode ser feita nas dosagens de 100 a 600 mg ao dia.
Mas ATENÇÃO: procure sempre um médico antes de qualquer suplementação! Principalmente os indivíduos com tendência à hipoglicemia devem ser cuidadosos no uso. Além disso, indivíduos fazendo uso de medicamentos para diabéticos devem ter acompanhamento para ajuste de dosagens.