Em jovens, o valor de referência de testosterona é de 300-1000ng/dL (varia um pouco conforme o kit de análise). Já em adultos por volta dos 40/45 anos, a tendência é que os níveis fisiológicos desse hormônio comecem a diminuir. Porém, em algumas pessoas essa diminuição é excessiva, levando a valores inferiores aos de referência.
“Mas se é normal diminuir. Por que vai repor?”
Não é porque é normal, que vai ser saudável. Dentre os diversos malefícios do déficit de testosterona, temos: fadiga, baixa libido, depressão, diminuição da massa muscular e da densidade óssea (extremamente perigoso em idosos), síndrome metabólica e outros. Como consequência, quando se repõe, o oposto disso acontece. Como uma maior disposição, aumento do desejo sexual, melhora de humor, etc.
“Entendi… Mas como que é realizada essa TRT (Terapia de reposição de testosterona)?”
Pode ser realizada de diferentes maneiras: Via Intra Muscular, Via Subcutânea, Via Oral e Via Transdérmica (gel ou adesivo).
No geral, os mais utilizados são IM e Transdérmica, devido a soma comodidade + preço. Não há uma regra para escolha, deve ser um consenso entre médico e paciente.
Vale ressaltar que a TRT não é um “ciclo”, ela não deve atingir valores suprafisiológicos. O valor ideal a ser atingido é 400-700ng/dL e o foco não é estético.
Justamente por isso, não são muito comuns os colaterais. Mas deve-se sempre solicitar exames a cada 3 meses para avaliar principalmente hematócrito (pode estar elevado) e a saúde da próstata.
“Mas se é tão benéfico, por que quase não se ouve falar disso?”
Infelizmente o tratamento médico com hormônios ainda é um tabu muito grande. Ainda que haja vasta disponibilidade de estudos em jornais científicos de renome, a indicação clínica adequada ainda é alvo de preconceito. Muito se deve a ausência de um filtro de informações divulgadas pela mídia e internet. Na dúvida, procure um profissional capacitado.
