Ambas promovem saciedade e perda de peso — mas um estudo recente revelou qual delas entrega resultados superiores em eficácia e adesão

Nos últimos anos, duas medicações ganharam destaque no enfrentamento da obesidade e do Diabetes tipo 2: semaglutida e liraglutida. Ambas pertencem à classe dos análogos do GLP-1, uma incretina que, entre outros efeitos, potencializa a ação da insulina e aumenta significativamente a saciedade.
Com perfis semelhantes, a dúvida é natural: qual das duas realmente entrega melhores resultados na perda de peso e na melhora dos parâmetros metabólicos?
Neste artigo, analisamos um dos estudos mais relevantes já conduzidos comparando diretamente essas medicações em pacientes obesos não diabéticos.
GLP-1 e o papel dessas medicações na perda de peso
GLP-1 (peptídeo semelhante ao glucagon tipo 1) é um hormônio liberado no intestino em resposta à ingestão alimentar. Seu efeito inclui:
- Estimulação da secreção de insulina
- Redução da secreção de glucagon
- Retardo do esvaziamento gástrico
- Aumento da saciedade
A semaglutida (administração semanal) e a liraglutida (administração diária) mimetizam essa ação, ajudando pacientes a reduzirem o apetite e controlarem o peso corporal de forma mais eficaz.
O estudo: metodologia e participantes
Em 2021, Rubino et al. conduziram um ensaio clínico randomizado com:
- Adultos com IMC ≥30 ou IMC ≥27 com comorbidades
- Sem diagnóstico de diabetes
- Histórico de tentativas frustradas de perda de peso por pelo menos 1 ano
Todos os participantes foram submetidos a:
- Dieta hipocalórica com déficit de 500 kcal/dia
- Rotina de exercícios de 150 minutos por semana
Eles foram divididos em três grupos:
- Semaglutida (2,4 mg/semana) – 120 pacientes
- Liraglutida (3,0 mg/dia) – 118 pacientes
- Placebo – 81 pacientes
Resultados: semaglutida se destacou em todos os critérios
Após 68 semanas de acompanhamento, os resultados foram claros:
Redução percentual de peso corporal:
- Semaglutida: –15,8%
- Liraglutida: –6,4%
- Placebo: –1,9%
Percentual de pacientes com perda de peso >10%:
- Semaglutida: 70,9%
- Liraglutida: 25,6%
- Placebo: 15,4%
Outros benefícios observados com a semaglutida:
- Redução significativa da circunferência abdominal
- Melhora dos níveis de pressão arterial diastólica
- Queda da hemoglobina glicada (HbA1c)
Esses dados indicam que, além da perda de peso, a semaglutida contribui de forma mais robusta para a melhora global da síndrome metabólica e redução do risco cardiovascular.
E os efeitos colaterais?
Ambas as medicações demonstraram boa tolerabilidade, com efeitos colaterais leves e transitórios — em geral relacionados ao trato gastrointestinal, como náuseas e diarreia.
A semaglutida, mesmo com administração semanal, manteve esse perfil seguro.
Conclusão: semaglutida à frente na eficácia
A comparação direta entre semaglutida e liraglutida demonstrou que a semaglutida é mais eficaz na perda de peso, apresenta melhor adesão (graças à aplicação semanal) e oferece benefícios metabólicos superiores.
Ainda assim, ambas devem ser utilizadas com acompanhamento médico — especialmente considerando particularidades clínicas, comorbidades e objetivos individuais.
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