Apesar da fama, o hormônio do crescimento (GH) não é tão anabólico quanto muitos pensam — mas ainda é amplamente utilizado por atletas.
Neste artigo, vamos entender como o GH funciona no corpo humano e por que, mesmo sem aumentar significativamente a massa muscular, ele continua popular no mundo da performance.

O que é o GH e como ele funciona?
O GH (hormônio do crescimento) é um peptídeo produzido pelas células somatotróficas da hipófise anterior, com liberação pulsátil regulada por dois hormônios hipotalâmicos:
- GHRH: estimula a secreção de GH
- Somatostatina (SS): inibe a secreção de GH
A liberação do GH depende de fatores como sexo, idade, sono, dieta e nível de gordura corporal.
Os efeitos de crescimento do GH são mediados principalmente pelo IGF-1 (fator de crescimento semelhante à insulina tipo 1), sintetizado principalmente pelo fígado.
📌 Importante: o GH não age diretamente no músculo — é o IGF-1 que estimula a síntese proteica e o crescimento muscular.
Além disso, o exercício resistido também estimula a liberação de GH e a síntese de mIGF-1 (versão local do IGF-1 no músculo).
Feedback negativo: o freio natural do corpo
O eixo GH–IGF-1 opera em feedback negativo:
Quando os níveis de IGF-1 estão altos, o hipotálamo aumenta a liberação de somatostatina, inibindo a secreção de GH.
Isso também ocorre com a administração exógena de GH, que pode suprimir a produção natural do hormônio.
GH: um anabolizante fraco, mas um anti-catabólico eficiente
Embora muitos associem o GH a hipertrofia, os estudos mostram que ele não potencializa os efeitos do exercício em força ou ganho de massa em indivíduos saudáveis.
Em vez disso, o GH atua como um anti-catabólico, especialmente útil em:
- Estados de restrição calórica
- Condições de catabolismo intenso (como doenças graves)
Mesmo aumentando os níveis de IGF-1 em até 3x, o GH não é capaz de positivar o balanço nitrogenado, ou seja, não estimula diretamente o anabolismo muscular.
Mas então… por que atletas usam GH?
Apesar da baixa capacidade anabólica, o GH apresenta outros efeitos desejados no esporte e na estética:
1. Ação lipolítica (quebra de gordura)
O GH aumenta a mobilização de ácidos graxos, promovendo perda de gordura corporal.
2. Ação sobre tendões e colágeno
O GH acelera a maturação do colágeno e melhora o turnover ósseo, ajudando a reduzir o risco de lesões.
3. Potencial regenerativo
Usuários relatam melhora na pele, visão e no tempo de recuperação após lesões.
4. Efeito sinérgico com esteroides
O GH combinado com esteroides anabolizantes pode promover melhora da composição corporal com mais definição e menor percentual de gordura.
Conclusão: GH é mesmo tudo isso?
Não. O GH não é o hormônio milagroso que muitos acreditam.
Ele não gera ganhos expressivos de massa muscular por si só, mas pode ser útil como parte de uma estratégia mais ampla para:
- Preservar massa magra
- Reduzir gordura
- Proteger articulações e tendões
- Acelerar recuperação
Em resumo, o GH não transforma corpos sozinho, mas pode ser a cereja do bolo quando usado com orientação médica e em contextos específicos.
❗ Pensando em usar GH ou outros hormônios?
Antes de qualquer decisão, fale com um especialista que entende de verdade como seu corpo funciona.
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Referências científicas: