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Ginecomastia instalada há bastante tempo, qual tratamento?

O 1º passo no tratamento da ginecomastia é interromper quaisquer medicamentos que a causem. Se o medicamento for identificado como a causa da ginecomastia durante a fase inicial, sua interrupção pode resultar na regressão do tecido glandular (dentro de 1 mês após a interrupção do medicamento).⁣

Se a ginecomastia estiver presente há mais de 1 ano, é improvável que a interrupção do medicamento resulte em regressão espontânea do tecido glandular, pois é provável que haja fibrose.⁣

As indicações para intervenção precoce com farmacoterapia incluem dor, sensibilidade e constrangimento que interferem nas atividades diárias.⁣

A terapia medicamentosa pode ser eficaz na fase inicial, mas não na fase fibrótica tardia (após 12 meses). A intervenção cirúrgica pode ser necessária em pacientes com ginecomastia persistente, incluindo aqueles com ginecomastia puberal que persiste até o final da adolescência ou idade adulta.⁣

A reposição de testosterona em homens hipogonadais geralmente melhora a ginecomastia, mas não há justificativa para seu uso em homens eugonadais, nos quais pode piorar a ginecomastia devido à aromatização da testosterona em estradiol.

Moduladores seletivos do receptor de estrogênio (SERMs) – Para adolescentes com aumento acentuado das mamas que é confirmado como tecido glandular e está causando sensibilidade e/ou constrangimento substanciais, sugere-se um curso breve (3-6 meses) de um SERM. O mesmo é indicado para adultos nos quais nenhuma causa pode ser identificada e a ginecomastia é sensível e persiste por mais de 3 meses, para alívio dos sintomas.⁣

Atualmente o tamoxifeno 20 mg/dia é o mais indicado.⁣

A regressão completa da mama pode não ser alcançada, e esses medicamentos não são aprovados para o tratamento da ginecomastia.⁣

Inibidores da aromatase não devem ser utilizados para a prevenção ou tratamento da ginecomastia. Os inibidores da aromatase bloqueiam a biossíntese de estrogênio e deveriam, teoricamente, ser eficazes para a ginecomastia, diminuindo a proporção estrogênio-androgênio. Os ensaios clínicos até o momento não demonstraram um benefício clínico desses medicamentos para a ginecomastia. A razão para isto é desconhecida.

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